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Imprensa

Confiança do empresário segue em queda na capital paulista

Inflação e juros elevados desestimulam consumo das famílias e investimentos por parte das empresas

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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) voltou a registrar queda na capital paulista. O indicador caiu 2% em março e passou dos 116,8 pontos, consolidados no mês anterior, para os atuais 114,4 pontos. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Além do ICEC, o Índice de Expansão do Comércio (IEC) também caiu no terceiro mês do ano (-3,8%), atingindo os 108,3 pontos. Já o Índice de Estoques (IE) regrediu 1,6%, passando para 118,3 pontos.
 
Para a Entidade, os números são reflexos de um cenário de grande incerteza na economia, causada por desemprego, juros e inflação elevados, alto endividamento e queda na renda das famílias, além das preocupações com as novas variantes da covid-19 e a crise geopolítica entre a Rússia e a Ucrânia. Em meio a estas variáveis, a confiança empresarial acompanha a acomodação do nível de atividade, indicando um quadro de desaceleração dos negócios.
 
Em relação a março do ano passado, o ICEC avançou 16,2%. O ICAEC, subíndice que avalia as condições atuais do comércio, apresentou queda de 3,3%, chegando aos 96,4 pontos. A expectativa dos gestores, medida pelo IEEC, regrediu 0,2%, ficando em 146,1 pontos. Por fim, o IIEC, que mede a expectativa de investimento, obteve retração de 3,3%, fechando o mês em 100,8 pontos. Na base de comparação anual, os três quesitos registraram crescimento: o primeiro avançou 41,9%; o segundo, 4,2%; e o terceiro, 15,5%.
 
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) subiu 18,2% no contraponto anual. O subíndice que mede as expectativas para contratação de funcionários retraiu 4,6%, registrando 123,6 pontos. Com relação ao nível de investimento das empresas, a queda apresentada foi de 2,7%, consolidando 93 pontos. Na comparação interanual, os dois quesitos registraram crescimento: 7,1% e 37,3%, respectivamente.
 
Por fim, o Índice de Estoques (IE) avançou 15%, quando comparado há um ano. A proporção dos empresários que consideram a situação adequada regrediu 0,6%, passando para 58,6% em março. Já o porcentual dos que relatam situação inadequada subiu 1,4%, atingindo 27,4%. O número de comerciantes que disseram que os estoques estão abaixo do desejado diminuiu 0,3% e, agora, são 13,1%. De maneira geral, a proporção de gestores que informam adequação dos estoques segue maior: 58,6% contra 40,5% que avaliam como inadequados.
 
Na avaliação da FecomercioSP, é importante que os comerciantes estabeleçam um planejamento de longo prazo, uma vez que o cenário atual é de retração do consumo. O primeiro trimestre do ano, historicamente, é um período de vendas mais tímidas. Neste sentido, realizar liquidações no período é uma boa estratégia para reduzir o estoque dos produtos que não estão vendendo bem, o que aumenta as receitas e abre espaço para realizar novos investimentos. 

24.03_1Notas metodológicas

ICEC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.
 
IEC
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.
 
IE
O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: "acima" (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e "abaixo" (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

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