Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Confiança dos empresários do comércio cai 4,8%, após dois meses em alta

Resultado da Black November ficou abaixo do esperado e prejudicou as receitas das empresas, aponta FecomercioSP

Ajustar texto A+A-

Após registrar resultados positivos em outubro e novembro de 2022, os números da confiança empresarial, na cidade de São Paulo, sofreram queda no último mês do ano. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu 4,8% em dezembro na comparação com o mês anterior – passando de 125,2 pontos, em novembro, para 119,3, no mês seguinte. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador avançou 1,9%.

Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques, também apresentaram índices negativos: menos 4,8% e menos 1%, respectivamente.

De acordo com a FecomercioSP, a performance das vendas da Black November ficou abaixo do esperado. Consequentemente, o mau desempenho prejudicou as receitas das empresas e impactou as expectativas dos empresários.

Os números apontam uma percepção de desaceleração do ritmo de atividades nos últimos meses do ano, além da preocupação com os desafios para a economia em 2023, uma vez que os gestores se deparam com um cenário desafiador e incerto, com alta de juros, crescente endividamento das famílias, fim dos estímulos e riscos fiscais.

Dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) apontou índice negativo de 4,5%, passando de 108,3 pontos, em novembro, para 103,4, em dezembro. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, teve queda de 6,1%, de 156,1 para 146,5 pontos, na mesma comparação.

A variável que avalia o índice de investimento (IICEV) ficou negativa em 3,1%: de 111,3 pontos, no 11º mês de 2022, para 107,8, no mês seguinte. Na base de comparação anual, o primeiro indicador avançou 8,4%, o segundo caiu 2,2% e o terceiro registrou crescimento de 1,7%.

Expansão e contratação

O índice que mede as Expectativas para Contratação de Funcionários também regrediu 4,8% em dezembro, de 124,9 pontos para 119. O Nível de Investimento das Empresas apresentou queda de 5,1%, passando de 138,6 para 131,5 pontos. Na comparação interanual, os dois quesitos destacaram resultados assimétricos: -12,1% e 33,9%, respectivamente.

O Índice de Estoque (IE) ficou negativo em 1%, ao passar de 117,3 pontos, em novembro, para 116,1, em dezembro. Em relação ao último mês de 2021, o indicador cresceu 2,6%.

O número de empresários que consideram a situação adequada dos seus estoques recuou 0,4%, passando de 58,5% para 58%. Os que relataram a situação inadequada para cima do desejado cresceu 0,5% (de 26,9% para 27,4%).

O setor empresarial que considera os estoques inadequados para baixo do desejado avançou 0,2%: de 14,3%, em novembro, para 14,6%, em dezembro. A proporção dos empresários que relatam que os estoques estão adequados segue maior do que os que apontam inadequação: 58% contra 42%, respectivamente.

Segundo análise da FecomercioSP, o nível de adequação dos estoques voltou a piorar na passagem de novembro para dezembro, impulsionado pelo resultado abaixo do esperado da Black November.

Ainda segundo a Federação, se as preocupações com incertezas instaladas na economia são grandes do lado de fora das empresas, dentro delas, o planejamento estratégico e financeiro são os melhores caminhos para mitigar os efeitos que esta indefinição pode causar. Em suma, o momento é de reavaliar cenários, investir em aquisição de novos clientes e traçar planos de resiliência, evitando excesso de endividamento e estoques em níveis inadequados.

Notas metodológicas

ICEC O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.

IE

O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: "acima" (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e "abaixo" (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados

* Veja como nós tratamos os seus dados pessoais em nosso Aviso Externo de Privacidade.
Fechar (X)