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Sustentabilidade

Cooperativa dos Produtores de Artesanato de Seda vence 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade

Copraseda foi premiada na categoria Microempresa

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Cooperativa dos Produtores de Artesanato de Seda vence 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade

A Cooperativa dos Produtores de Artesanato de Seda (Copraseda), formada por agricultoras residentes no munícipio de Nova Esperança (PR), com o apoio do programa Universidade Sem Fronteira da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná, desenvolveu o projeto “Artisans Brasil”. A iniciativa, que conta com parceria da Incubadora Tecnológica de Maringá, além da assessoria  técnica de professores e alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e do Centro  Universitário de Maringá (Cesumar), é a vencedora da categoria Microempresa do “2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade”.

O projeto “Artisans Brasil” teve início a partir de outra inciativa, denominada “Seda Justa”, desenvolvida em 2006 pela Incubadora Tecnológica de Maringá. A “Artisans Brasil” orienta as cooperadas na fabricação de produtos artesanais, a partir do uso de fios de seda. A coloração das peças é obtida com corantes naturais como erva mate para os tons verdes, casca de cebola para as tonalidades marrons e urucum para obter variações do laranja. Os cachecóis são exportados para algumas unidades da rede importadora “Artisans du Monde”, na França, que tem mais de 174 lojas e se dedica ao comércio de artigos produzidos dentro dos pilares do comércio justo, que, dentro de uma série de princípios, também preza pela remuneração adequada aos envolvidos no processo de produção.

A Copraseda foi formalmente constituída em abril de 2010 por 40 agricultoras
do munícipio de Nova Esperança (PR). Hoje, além dos cachecóis, também são fabricados lenços, bandanas e colares usando o mesmo insumo têxtil. A matéria-prima é proveniente da criação da larva no próprio município, o maior produtor de casulos de seda no País. Por meio de parcerias com designers e empresas privadas da região de Maringá, a Artisans Brasil busca o desenvolvimento de novos produtos para permitir a ampliação do número de famílias beneficiadas pela produção dos artigos de seda e, consequentemente, gerar novos postos de trabalho e mais renda.

A iniciativa também proporcionou às cooperadas o treinamento específico para a confecção e tingimento dos produtos. Atualmente, a produção é feita a partir das eventuais demandas e a remuneração é calculada com base no tempo dedicado para a realização das diferentes peças. O processo de produção é realizado da seguinte maneira: a cooperativa adquire a matéria-prima e distribui para que as artesãs comecem o trabalho.

Depois, os produtos são entregues na cooperativa que os comercializa e paga as cooperadas 60% do valor das peças. “A maioria das pessoas não sabe que, hoje, o Brasil é o segundo maior exportador de fio de seda crua no mundo, atrás apenas da China”, revela o coordenador da “Artisans Brasil”, João Berdu. “A região do município de Nova Esperança, conhecida como Vale da Seda, é o setor que mais produz casulos de bicho-da-seda em todo o Ocidente”, completa.

Para Berdu, a Copraseda trouxe uma nova perspectiva para as produtoras da região. “Hoje, as produtoras de casulo de bicho-da-seda podem participar de outra parte da cadeia de produção e obter mais renda”, informa. O coordenador do projeto afirma que a intenção é expandir a iniciativa, atrair e treinar mais cooperadas.

“Por enquanto, estamos fazendo a capacitação profissional para tricô e o uso das máquinas para facilitar a produção”, revela. Entretanto, ainda faltam incentivos financeiros e parcerias para comercializar os produtos. “Iniciamos o desenvolvimento do capital humano para aumentarmos a produção quando tivemos pontos de venda no Brasil”, adianta.

Atualmente, os pedidos de lojistas podem ser feitos somente por meio do site da “Artisans Brasil” (www.artisansbrasil.com.br). A previsão é de que em breve os produtos possam ser encontrados no comércio nacional. “A partir de novembro, teremos a primeira feira e estamos nos organizando para que as produtoras possam vender os produtos para os comerciantes e redes que se identifiquem com a proposta do comércio justo”, relata.

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