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Economia

Custo de vida na região metropolitana de São Paulo se mantém estável em março, aponta FecomercioSP

Alta nos preços dos grupos de alimentação e bebidas e de saúde no mês afetou as famílias de renda mais elevada

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Custo de vida na região metropolitana de São Paulo se mantém estável em março, aponta FecomercioSP

Indicador registrou alta de 0,32% no primeiro trimestre e de 3,49% no acumulado em 12 meses
(Arte/Tutu)

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo ficou praticamente estável no mês de março, com variação de -0,01%. Em fevereiro, o indicador havia crescido 0,27%. Dessa forma, o índice registrou elevação de 0,32% no primeiro trimestre de 2018 e alta de 3,49% no acumulado dos últimos 12 meses.

Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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Entre as nove atividades que compõem o indicador, seis apresentaram alta. O segmento de alimentação e bebidas foi responsável pela principal contribuição no mês (0,37%), seguido pelo grupo saúde e cuidados pessoais, com acréscimo de 0,43% no mês.

Os segmentos de habitação (0,14%), vestuário (0,02%), despesas pessoais (0,38%) e educação (0,36%) também finalizaram março com variações positivas, porém, segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, de maneira pouco decisiva para uma elevação no índice geral.

Por outro lado, os grupos transporte (-0,91%), comunicação (-0,41%) e artigos do lar (-0,01%) registraram queda em seus preços médios no mês de março. De acordo com a Federação, a soma dos pesos desses três grupos, na composição geral do medidor do custo de vida, ultrapassou 30%, o que favorece a manutenção do CVCS em patamares moderados e, ainda, garante uma folga no orçamento das famílias.

Na segmentação por renda, verificou-se que as classes de maior poder aquisitivo foram as que mais sentiram a alta dos preços no mês. Para as classes A e B, o custo de vida ficou cerca de 0,29% e 0,06% mais caro, respectivamente. Por outro lado, as classes E e D sinalizaram declínio em seu custo de vida médio, encerrando o mês com variações de -0,18% e -0,17%, consecutivamente.

IPV
O Índice de Preços no Varejo (IPV) apresentou leve recuo de 0,03% em março, após a retração de 0,19% já registrada em fevereiro. No primeiro trimestre do ano, o IPV acumulou alta de 0,16%, e nos últimos 12 meses, a elevação foi de 2,31%. Vale ressaltar que, no mesmo período do ano passado, o IPV acumulava variação de 3,14%.

Dois dos oito grupos que compõem o IPV encerraram o mês com queda em seus preços médios, são eles: transportes e habitação, ambos com retração de 0,18%. Por outro lado, entre os setores que registraram variação positiva, estão educação (0,40%) e despesas pessoais (0,28%).

O IPV para a classe A, porém, registrou alta de 0,14% em março. As classes E e B foram as mais beneficiadas pelas quedas, assinalando variações de -0,03% e -0,04% em relação à fevereiro, respectivamente.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) passou de uma alta de 0,76% em fevereiro para a estabilidade (0,01%) em março. Nos primeiros três meses do ano, o índice atingiu incrementos de 0,48% e de 4,76% no acumulado dos últimos 12 meses. Em março de 2017, o IPS acumulava alta de 6,36%.

Entre os oito grupos que compõem o IPS, três encerraram março com variação negativa em seus preços médios. Com queda de 2,21% o segmento de transportes foi o principal responsável pela desaceleração do IPS no mês. Entre os itens pesquisados, destacaram-se: ônibus interestadual (-1,12%), passagem aérea (-17,05%), seguro voluntário de veículo (-2,85%) e estacionamento (-0,46%).

Além disso, os setores de artigos de residência (-0,80%) e comunicação (-0,41%) também registraram variação negativa. Entre as atividades que tiveram elevação, destacaram-se a de alimentos e bebidas (0,92%) e de saúde e cuidados pessoais (0,84%).

As classes A e B foram as mais impactadas pelo desempenho do resultado em março, tendo em vista que encerraram o período com altas de 0,42% e 0,16%, respectivamente. Por outro lado, as classes E e D, ambas com recuo de 0,39%, foram as que menos sentiram os efeitos dos aumentos nos preços médios dos serviços.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a tendência é de que a trajetória dos preços não se reverta no próximo mês, o que garante espaço para o Banco Central manter suas taxas de juros em patamares historicamente baixos.

A Entidade, que sempre defendeu a redução dos juros, especialmente tendo em vista a acomodação dos valores praticados na economia atualmente, ressalta que é importante que o País tenha também estabilidades política e, acima de tudo, fiscal, para que as taxas de juros reais sejam comparáveis a países mais desenvolvidos.

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