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Economia

Custo de vida na região metropolitana de São Paulo tem alta em maio, impactado por preços dos produtos alimentícios

Segundo a FecomercioSP, paralisação dos caminhoneiros influenciou diretamente, e as classes B e C foram as que mais sentiram a alta dos preços

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Custo de vida na região metropolitana de São Paulo tem alta em maio, impactado por preços dos produtos alimentícios

Além dos aspectos sazonais, os preços do grupo alimentação e bebidas foram impactados pela greve dos caminhoneiros
(Arte: TUTU)

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo teve uma ligeira alta de 0,19% no mês de maio, patamar muito próximo ao registrado em abril, de 0,17%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, verificou-se uma elevação de 0,68%. Entre junho de 2017 e maio de 2018, o avanço foi de 3,26%. No mesmo período do ano passado, o custo de vida sinalizava elevação de 0,34%, acumulando 3,71% nos últimos 12 meses e 1,23% nos cinco meses iniciais do ano.

Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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Entre as nove categorias que compõem o indicador, duas registraram variação negativa em maio: artigos do lar (-1,47%) e transportes (-0,19%), enquanto duas ficaram praticamente estáveis: educação (0,01%) e comunicação (0,00%).

Por outro lado, os preços do grupo alimentação e bebidas subiram 0,72% e exerceram a maior pressão de alta no custo de vida. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, além dos aspectos sazonais que tendem a impactar os preços nessa época, como a entressafra, a variação foi influenciada pela paralisação dos caminhoneiros, ocorrida entre o fim de maio e o começo de junho, uma vez que prejudicou o abastecimento de muitos pontos comerciais.

A segunda pressão mais contundente para impulsionar o CVCS, em maio, veio do grupo habitação, com aumento de 0,39%. Os preços dos itens dos grupos saúde e vestuário encerraram o quinto mês do ano com variações de 0,30% e 0,69%, respectivamente.

Ainda segundo a pesquisa, as classes B e C foram as mais afetadas pelas altas nos preços no período, encerrando maio com alta de 0,23% e 0,21%, respectivamente. As classes A e E, por outro lado, foram as que menos sentiram as elevações, ambas com alta de 0,06%.

IPV
O Índice de Preços no Varejo (IPV) passou de 0,30% em abril para 0,46% em maio, acumulando variação de 2,55% nos últimos 12 meses e 0,93% em 2018. Em 2017, considerando o mesmo mês de referência, o IPV apontava estabilidade, acumulando 2,26% em 12 meses.

Apenas dois dos oito grupos que compõem o indicador apresentaram recuo em seus preços médios: saúde e cuidados pessoais (-0,06%) e artigos de residência (-1,65%). Por outro lado, transportes exerceu a maior contribuição de alta para o resultado geral do IPV, com elevação de 1,25% e destaques para óleo diesel (8,38%) e gasolina (3,24%). Em seguida, apareceu o grupo de alimentação e bebidas, com variação positiva de 0,81%, sendo as maiores altas apuradas em batata-inglesa (15,55%), cebola (16,81%), alface (16,38%), melancia (13,07%) e brócolis (8,36%).

O corte do IPV por faixas de renda indica que as classes D e C encerraram o mês com a maior variação entre todos os demais estratos, com altas de 0,67% e 0,54%, respectivamente. Na contramão, as classes A e B sentiram menos as oscilações positivas nos preços, com variações de 0,20% e 0,32%, consecutivamente.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) recuou 0,10% em maio ante a estabilidade observada em abril (0,03%). No período compreendido entre janeiro e maio de 2018, notou-se elevação de 0,41%, e nos últimos 12, meses a alta foi de 4,01%. No mesmo período do ano passado, o IPV acusava alta mensal de 0,70%, acumulando 5,25% em 12 meses.

Dos nove grupos pesquisados, apenas o de transportes encerrou maio com variação negativa (-2,74%), determinada pela queda de preços da passagem aérea (-28,39%). As maiores altas foram detectadas em serviços de alimentação e bebidas (0,59%), com destaque para cerveja (2,38%), refrigerante e água mineral (1,56%) e refeição (1,03%); e o de habitação (0,47%), por causa do aumento de 2,19% em energia elétrica.

No recorte por renda, as classes A e C foram as menos favorecidas pela queda dos preços dos serviços, com variações de -0,06% e -0,15%, enquanto as classes E e D registraram queda de 0,53% e 0,63%, consecutivamente. O IPS da classe B exibiu alta de 0,15%.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o custo de vida na região metropolitana de São Paulo sofreu uma pressão de alta em maio decorrente da variação dos preços dos produtos ligados aos grupos alimentação e bebidas e a transportes, além de uma série de reajustes nos componentes energéticos e o clima adverso que afetou a produção de alguns produtos in natura – como sazonalmente ocorre, a paralisação dos caminhoneiros e o consequente desabastecimento impactaram os preços.

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