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Sindicatos

Economia circular: o caminho para a competitividade e a preservação ambiental

Assessora da FecomercioSP apresenta práticas para que as empresas promovam a circularidade de materiais e contribuam para um futuro mais sustentável

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Economia circular: o caminho para a competitividade e a preservação ambiental
O modelo propõe que o reaproveitamento seja planejado desde o design dos produtos

A importância da economia circular como caminho para um desenvolvimento sustentável e para melhorar a competitividade dos negócios foi o foco da apresentação de Cristiane Cortez, assessora da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)durante reunião do Conselho do Comércio Atacadista da Entidade, realizada no dia 21 de outubro.  

“A economia circular parte da ideia de que nada deve ter um fim. Os materiais precisam ser reinseridos na cadeia produtiva para reduzir extrações e evitar o descarte inadequado”, afirmou Cristiane. “Cada empresa pode contribuir para a circularidade dos materiais e para um futuro mais sustentável. A economia circular é uma oportunidade de inovação, competitividade e responsabilidade ambiental”, ressaltou a assessora e membro do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP. 

Do linear ao circular, um novo modelo econômico

A palestrante explicou que, diferentemente da economia linear — baseada em extrair, produzir, consumir e descartar —, a economia circular busca manter um fluxo contínuo de reutilização de recursos.  

O modelo propõe que o reaproveitamento seja planejado desde o design dos produtos, com escolhas mais eficientes de matérias-primas, energia e água. “Não existe mais lixo, mas insumos. Precisamos olhar para o início e o fim do ciclo produtivo, pensar no reúso, no conserto, na remanufatura e na reciclagem”, afirmou. 

Essa abordagem também contribui para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), do desperdício e da poluição. Além dos ganhos ambientais, o modelo amplia oportunidades de negócios e promove inovação em diferentes setores. 

Avanço das práticas circulares

Uma sondagem sobre economia circular envolvendo 200 empresas de pequeno e médio portes, realizada pela FecomercioSP em abril de 2024, apontou aumento da adoção desse modelo. O estudo mostrou que 55% das empresas fazem triagem de resíduos para reciclagem, 39% participam de programas de Logística Reversa (LR) e 41% utilizam ecopontos municipais para A destinação correta. Por outro lado, 37% dos negócios afirmaram que ainda não adotam práticas circulares. 

As principais barreiras identificadas foram falta de recursos financeiros (38%), ausência de conhecimento técnico (36%) e escassez de recursos humanos (14%). “Muitas empresas já realizam ações circulares sem saber. Nosso papel é orientar e mostrar que essas práticas, além de ambientais, são estratégicas e melhoram a reputação e a competitividade dos negócios”, pontuou Cristiane. 

Como as empresas podem promover a circularidade

A FecomercioSP recomenda um conjunto de práticas que as empresas podem adotar para aumentar a circularidade de materiais, como:

  • reparo, recondicionamento, reúso, remanufatura e reciclagem;
  • participação em programas de LR;
  • venda de produtos feitos com materiais reciclados;
  • redução de itens descartáveis de uso único, como copos e talheres;
  • adoção de sacolas retornáveis e embalagens duráveis;
  • gestão eficiente dos resíduos, com triagem entre recicláveis, não recicláveis e especiais. 

LR e o papel do Comércio Atacadista

Outro tema abordado na reunião do conselho foi a LR, instrumento previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei 12.305/2010), que garante o retorno dos produtos pós-consumo para reaproveitamento ou destinação adequada. 

A assessora da FecomercioSP lembrou que o sistema envolve fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores, enfatizando o papel do Comércio Atacadista na consolidação dessa cadeia. “O atacadista pode atuar como ponto de entrega voluntária, ponto de consolidação ou parceiro na divulgação dos sistemas de LR. Essa colaboração é fundamental para que os materiais retornem ao ciclo produtivo”, afirmou. 

Selo Parceiro: engajamento de empresas e sindicatos

Cristiane também falou sobre a parceria entre a FecomercioSP e a Green Eletron — principal gestora de LR de eletroeletrônicos, pilhas e baterias do País —, que resultou recentemente no lançamento do Selo Parceiro Green Eletron. A iniciativa busca engajar sindicatos e empresas na promoção da LR desses itens e incentivar o seu descarte correto no pós-consumo. 

O objetivo do selo é reconhecer as instituições e empresas que participam da LR, além de incentivar a responsabilidade ambiental no setor privado e de fortalecer a imagem das empresas aos consumidores, cada vez mais atentos aos critérios ESG — ambiental, social e de governança. Clique aqui e saiba mais detalhes sobre essa parceria e como aderir ao Selo de LR. 

Agenda Verde da FecomercioSP

A palestrante reforçou os seis temas prioritários da Agenda Verde da FecomercioSP, que norteiam as ações sustentáveis do setor. Confira a seguir.

  1. Promoção da economia circular e da LR.
  2. Consumo eficiente de água e energia.
  3. Combate à poluição atmosférica.
  4. Regulação do mercado de carbono.
  5. Transição energética e redução de emissões.
  6. Combate ao desmatamento ilegal. 

Sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável e com a ampliação de boas práticas ambientais nos setores de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a FecomercioSP elaborou e-books com informações e orientações importantes, como os de Logística Reversa e Economia Circular. 

A assessora da FecomercioSP encerrou a palestra ressaltando que a LR é o primeiro passo para a economia circular, pois é o elo que garante que produtos retornem à cadeia produtiva. Enfatizou ainda que o Comércio Atacadista tem papel estratégico, podendo ser agente de transformação ambiental e reputacional no setor.

 

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