Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Legislação

Educação básica potencializa capacidade dos alunos diante da automação, afirmam especialistas

Seminário "Como será o trabalho do futuro à luz de novas tecnologias?", na FecomercioSP, reúne autoridades para discutir educação e tecnologia

Ajustar texto A+A-

Educação básica potencializa capacidade dos alunos diante da automação, afirmam especialistas

Educação básica é fundamental para o desenvolvimento de um futuro profissional e isso traz desafios para a as escolas
(Arte: TUTU)

Em um mercado de trabalho cada vez mais automatizado, candidatos à procura de emprego buscam aumentar sua capacitação constantemente para garantir presença na força produtiva. As instituições de ensino, atentas às mudanças, trabalham para se adaptarem a essa realidade. “Não basta promover adaptações nas ofertas e currículos visando a ensinar o que há de mais inovador ou avançado neste momento. É necessário antecipar mudanças que se anunciam”, observa a coordenadora de educação do Senac São Paulo, Ana Luiza Marino Kuller.

A preparação das escolas diante da automação do mercado de trabalho será um dos temas do seminário "Como será o trabalho do futuro à luz de novas tecnologias?", liderado pelo presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP, José Pastore, no dia 27 de abril, às 8h, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Veja também:
Robotização é essencial para expandir agricultura e não deve eliminar empregos no setor, diz Eliseu de Andrade Alves
O robô será complacente com seu emprego?, por José Pastore
Estudos apontam que robotização tende a afetar menos qualificados, mas não deve eliminar grande número de vagas
Thomas Philbeck participa de evento na FecomercioSP que discutirá como a tecnologia vai mudar o mercado de trabalho
Mudanças no mercado de trabalho com avanço da tecnologia são tema de evento na FecomercioSP; participe

O evento, que pretende expandir o debate sobre a robotização e suas consequências para o emprego, contará também com a participação do diretor do Departamento de Tecnologia e Emprego do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Thomas Philbeck.

“Esse contexto traz desafios significativos para a as escolas dos diferentes níveis e modalidades de educação. Torna-se imprescindível mudar de forma radical o modelo tradicionalmente realizado, até para que as instituições de educação formal se mantenham relevantes num contexto em que é possível aprender em qualquer lugar”, explica Ana Luiza. Para ela, atualmente, os diplomas perdem espaço, muitas vezes, para experiência e portfólios.

Ainda assim, explica Walter Vicioni Gonçalves, diretor do Senai, a educação básica é fundamental para o desenvolvimento de um futuro profissional. “Ela cria as condições para atitudes e raciocínios científicos necessários para atuar com espírito indagador e criativo nas soluções requeridas pela mutante realidade do trabalho, especialmente em um mercado cada vez mais automatizado”, defende.

O que esperar?
Sobre o mercado de trabalho do futuro, Ana Luiza espera destaque de postos de trabalho diretamente relacionadas ao processo de automação, mas também de áreas com menos potencial deste, que demandam intensamente a atuação de uma pessoa ou mobilizam capacidades humanas não passíveis de serem assumidas por máquinas. “Para tanto, é fundamental que os currículos e a ação educacional não se restrinjam a transmissão de conhecimentos, mas desafiem os alunos a resolver projetos e problemas reais”, diz a coordenadora do Senac. “A flexibilidade e a personalização do processo de aprendizagem passa a ser uma condição.”

Vicioni, diretor do Senai, concorda: “Nossa experiência confirma a tendência apontada por estudo do Federal Reserve Bank of St. Louis, que estima crescimento dos empregos nas categorias de trabalhos manual e cognitivo não rotineiros”, afirma Walter. “Assim, estão em alta ocupações já existentes como encanador e confeiteiro, que trabalham com destreza e criatividade aliadas a competências técnicas, que podem variar de uma para outra tarefa”, acredita.

Segundo Vicioni, também estão em alta novas ocupações, como especialista em inteligência artificial, especialista em robôs colaborativos, criadores de games com aplicações industriais, conselheiro de tecnologia para capital humano e especialista em segurança digital.

Para as áreas com pouco potencial de automação, segundo os especialistas, destacam-se oportunidades no campo da educação. “Professores continuarão necessários para fazer a mediação dos processos de aprendizagens, em especial na educação básica e no campo da saúde e do bem-estar, especialmente considerando o envelhecimento da população”, acredita Ana Luíza.

Participe do evento "Como será o trabalho do futuro à luz de novas tecnologias?" e acompanhe todas as discussões sobre o tema. As inscrições são gratuitas.

Fechar (X)