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Editorial

Em agosto, número de empregos formais no varejo da região de Jundiaí recua 3,7% no comparativo anual, o segundo pior desempenho do Estado

Segundo a FecomercioSP, desempenho dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e de concessionárias de veículos foi determinante para o resultado negativo

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São Paulo, 04 de outubro de 2016– Em agosto, o comércio varejista na região de Jundiaí criou 111 postos de trabalho, resultado de 3.421 admissões contra 3.310 desligamentos. Em 12 meses, foram extintos 3.913 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com agosto de 2015, de 3,7% do estoque total, o segundo pior desempenho entre as 16 regiões analisadas no Estado. O varejo encerrou o mês com 102.302 trabalhadores formais. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Das nove atividades analisadas, apenas o segmento de farmácias e perfumarias (0,9%) apresentou aumento no total de trabalhadores formais em agosto em relação ao mesmo mês de 2015. Os maiores recuos foram registrados pelos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-10,3%), de concessionárias de veículos (-6%) e de lojas de móveis e decoração (-5,8%). 

pesp_jundiai_agosto_2016

Desempenho estadual

Dando seguimento ao aumento registrado em julho, o comércio varejista do Estado de São Paulo gerou novos empregos em agosto, o que pode ser um esboço da recuperação do mercado de trabalho varejista paulista – desde outubro e novembro de 2014, que o varejo não registrava dois saldos positivos consecutivos. Em agosto, o varejo paulista criou 7.235 empregos, resultado de 71.908 admissões e 64.673 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.071.063 no mês, redução de 3,1% na comparação com agosto de 2015.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a abertura de postos de trabalho pelo comércio varejista em agosto é uma tendência histórica, motivada pelo baixo número de desligamentos, já que o mês antecede a data-base da negociação coletiva do setor. Segundo artigo 9° da Lei Federal 7.238/14, todo empregado dispensado sem justa causa no período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal. Ou seja, os demitidos sem justa causa, maioria neste momento de crise econômica, possuem direito à indenização, já que a data-base do setor é 1° de setembro. Este aumento de custo à dispensa, segundo a Entidade, desestimula o empresário do varejo demitir sem justa causa e, por isso, os 64.673 desligamentos em agosto é o segundo menor patamar mensal desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007.

Mesmo com o saldo positivo em agosto, apenas duas das nove atividades pesquisadas apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015: farmácias e perfumarias (1,9%) e supermercados (0,3%). Os destaques negativos foram os setores de concessionárias de veículos (-7,3%), lojas de móveis e decoração (-7,2%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%).

Com relação aos dados por ocupações, as funções que abriram mais vagas no mês foram as de vendedores e demonstradores (3.657 postos de trabalho), seguidos por caixas, bilheteiros e afins (958 vagas). Em doze meses, o cargo que mais perdeu vagas foi também o de vendedores e demonstradores, com -13.265 vagas seguido pelos escriturários em geral com o fechamento de 7.413 postos de trabalho. Quase 25% dos empregos perdidos nos últimos doze meses eram ocupados por trabalhadores com nível de liderança do quadro funcional, como gerentes, supervisores e diretores.

Segundo a FecomercioSP, mesmo que o saldo positivo de agosto seja influenciado pela sazonalidade fixa da data-base da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da necessidade de redução de custos por parte das empresas, o saldo de agosto é bem superior ao visualizado no mesmo período de 2015, quando se atingiu o pior patamar de criação de vagas para o mês desde 2007. 

Com isso, a Federação pondera que a geração de empregos celetistas se mostra em recuperação em relação ao ano passado e consolida-se no segundo mês consecutivo. Outra boa notícia é que se verificou o maior nível de admissões desde março deste ano (71.908 contratações). Para a Entidade, essas são tendências positivas resultantes de uma melhoria na conjuntura econômica, muito atrelada a melhores expectativas de consumidores e empresários em relação ao futuro. A redução de incertezas, recuperação dos indicadores de confiança e de vendas do varejo reverteram o sentido do mercado de trabalho, deficitário até junho e superavitário em julho e agosto. 

Segundo a FecomercioSP, são bons sinais aos últimos meses do ano, inclusive para contratações de empregados temporários para o Natal. 

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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