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Imprensa

Em maio, intenção de consumo das famílias paulistanas registra estabilidade pelo segundo mês consecutivo

Segundo pesquisa da FecomercioSP, itens relacionados ao emprego são os mais bem avaliados pelos paulistanos

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São Paulo, 29 de maio de 2017 – Em maio, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paulistanas registrou 78,6 pontos - 0,4% acima do patamar de abril, que foi de 78,3 pontos. Tecnicamente, essa foi a segunda estabilidade seguida. Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve forte crescimento, de 23,7%, quando o ICF se situava em 63,5 pontos. O índice é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

O destaque no mês foi o item Nível de Consumo Atual, que cresceu 5,2% em maio. A pontuação registrada foi de 48,4 pontos, ainda sendo o item com a pior avaliação do indicador. No contraponto anual, o aumento foi de 37,3%. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve uma redução do pessimismo já que em maio do ano passado, 71% dos paulistanos diziam estar gastando menos em relação ao ano anterior, e agora esse percentual está em 61%.

Para os próximos meses, as famílias também devem manter a cautela. O item perspectiva de consumo teve leve recuo de 0,9% e atingiu 74,9 pontos. Os dois itens relacionados ao consumo, porém, registraram suas maiores altas históricas na comparação anual. O consumo atual cresceu 37,3% e a perspectiva de consumo, 54,6%. O que contribuiu fortemente foi a base fraca de comparação, pois foi nesse período de 2016 que o ICF registrou mínimas históricas desde 2010.

Os paulistanos também estão reduzindo de forma gradual a visão pessimista sobre a compra de bens duráveis, como televisão, fogão, etc. O item Momento para Duráveis registrou aumento de 2,4% e se situa, em maio, nos 51,7 pontos. Hoje, 23% dos entrevistados afirmam ser um bom momento para comprar esse tipo de produto. Há um ano, a porcentagem para esse item foi de 18%. Segundo a Federação, a redução dessa visão pessimista está atrelada também à redução da taxa de juros, o que barateia o crediário. O item acesso ao crédito, por sua vez, passou de 74,6 pontos, em abril, para 75,7 pontos, em maio, uma elevação de 1,5%. Em um ano houve aumento de quatro pontos porcentuais nas respostas de que está mais fácil contrair financiamentos para compras a prazo (20% para 24%).

O item Renda Atual ficou praticamente estável permanecendo na casa dos 89 pontos, -0,5% em relação ao mês anterior. Porém, na comparação anual a alta foi de 21,9%. Para a Entidade, dois fatores contribuíram para essa melhora: a injeção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) das contas inativas e a inflação em queda que está, na Região Metropolitana de São Paulo, em 4,4% no acumulado de 12 meses, enquanto no mesmo período de 2016 estava pouco acima de 9%.

E, por fim, os dois itens relacionados ao emprego seguiram sentidos opostos no mês. Enquanto o emprego atual subiu 1,2% e registrou 102,8 pontos, o item perspectiva profissional teve queda de 2,2%, mas ainda assim é o item com melhor avaliação do ICF, com 107,8 pontos. Ambos, portanto, são os únicos que estão na área de satisfação, ou seja, a maioria dos paulistanos está segura no cargo atual e também projeta um quadro positivo para a melhora profissional do responsável do domicílio.

Na avaliação por faixa de renda houve movimentos assimétricos. O índice de intenção de consumo das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos recuou 1,2% e registrou 76,4 pontos em maio. Enquanto o índice das famílias que ganham acima desse montante subiu 4,9%, passando de 81,1 pontos para 85,1.

De acordo com a FecomercioSP, pelos resultados dos últimos meses, o ICF sinaliza uma acomodação neste patamar próximo a 78 pontos. Houve uma melhora significativa do quadro econômico em um ano, porém as dificuldades, sobretudo o número elevado de desempregados no País, continuam e limitam o crescimento do indicador.

Metodologia
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, transformando-se, com base no ponto de vista dos consumidores e não no uso de modelos econométricos, em uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras.

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