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Negócios

Empresas crescem até 35% ao mês com a prestação de serviços em condomínios

Segundo a FecomercioSP, a continuidade e sucesso de negócios desse tipo depende da identificação da real necessidade dos serviços para o público-alvo

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Empresas crescem até 35% ao mês com a prestação de serviços em condomínios

A dica é o plano de negócios ser focado não só na segurança e na conveniência para os moradores
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis

Negócios de médio e pequeno porte têm alcançado bons resultados com a prestação de serviços em condomínios residenciais. O crescimento da demanda pode chegar a 35% ao mês. Para a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), se os empreendedores identificarem as reais necessidades dos condôminos, a tendência é o amadurecimentos das empresas, com a manutenção ou superação do incremento.

Na EzeWash, que oferece o serviço de lavagem de veículos a partir de aplicativo instalado no celular e reúne profissionais credenciados, o crescimento ultrapassa 30% mensais desde que entrou no mercado, no início deste ano.

“Temos observado uma média de 35% de alta ao mês e, para 2017, a perspectiva é que esse crescimento alcance 65%”, afirma o sócio-fundador, Bruno Pelican, que teve a ideia de criar o aplicativo depois de perceber que precisava de solução prática para a limpeza de seu carro.

O empreendedor conta que o negócio exigiu estratégia e empenho para chegar ao estágio atual, com 80 prestadores treinados. A equipe realiza, em média duas mil lavagens por mês, em bairros da capital paulista, Osasco e Alphaville.

“Primeiro operamos em sistema de teste por seis meses. Depois, participamos de dois programas de uma aceleradora de negócios, a Grupo ABC. Inicialmente o foco era desenvolver o projeto. Na segunda etapa, o objetivo foi impulsioná-lo, com atenção maior em marketing”, explica Pelican.

10 anos no mercado

A Rent A Pro Soluções Esportivas também encontrou nos condomínios residenciais um nicho de mercado a ser explorado. A empresa nasceu de uma escola de tênis há 10 anos e hoje atua com uma grade que inclui outras atividades físicas, aulas de música, dança e recreação em aproximadamente 20 condomínios em bairros nobres, como Morumbi e Alphaville.

“Nosso crescimento, em número de alunos, tem sido de 5% a 10% anualmente. Esperamos fechar 2016 com 7%, o que será um bom resultado, levando em conta que, no ano passado, por conta da crise na economia brasileira, ficamos em 5%, ante aos 10% de 2014”, afirma um dos sócios, Marcel Sradesch.

Segundo ele, 80% dos serviços são voltados ao público infantil. Segundo sua avaliação, o contingente é resultado direto da facilidade oferecida aos pais, que raramente dispõem de tempo para se deslocarem com os filhos.

Outro fator que contribuiu é a ampla infraestrutura para lazer - com quadras, piscinas e academias, por exemplo – que os condomínios passaram a ter nos últimos anos.

“A prestação de serviços em condomínios representa aproximadamente 30% dos negócios da empresa”, diz Sradesch, que também atua em escolas e festas, com cerca de 100 profissionais para atender seus públicos.

Desafios

De acordo com a assessoria técnica da FecomercioSP, o grande desafio das empresas que se voltam aos condomínios é o risco de cair em uma área de sucesso momentâneo, que pode fazê-las fechar, passado o período de interesse das pessoas pelo serviço.

Para a Rent A Pro Soluções Esportivas, essa é uma preocupação que a empresa busca sanar com acompanhamento e avaliações periódicas dos coordenadores. “Outra estratégia que consideramos importante é a realização de pesquisas de satisfação com os clientes”, conta Sradesch.

A assessoria técnica da Federação considera que há um campo a ser explorado, mas que exige cautela. A dica é o plano de negócios ser focado não só na segurança e na conveniência para os moradores, mas principalmente na real necessidade do serviço prestado. Ou seja, se for algo do qual os condôminos precisem, independentemente de sazonalidade ou outros fatores, a chance da empresa se manter com crescimento exponencial é maior.

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