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Negócios

Empresas podem ter sucesso em um só mercado ao explorar nichos diferentes

Ideal é cada marca definir seu público e ter unidades de negócios independentes, conta o presidente da Arezzo&Co, Alexandre Birman

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Empresas podem ter sucesso em um só mercado ao explorar nichos diferentes

Por Jamille Niero

Uma companhia pode ter sucesso oferecendo produtos a um só mercado – como o de sapatos femininos. Prova disso é o grupo Arezzo&Co. Dono de quatro marcas (Arezzo, Schutz, Anacapri e Alexandre Birman), o grupo registrou lucro líquido de R$18 milhões no primeiro trimestre de 2015. Apesar de todas serem destinadas a mulheres, os estilos de cada marca são diferentes. 

A Arezzo, inaugurada em 1972 por dois irmãos da família Birman, é referência para o mercado brasileiro. A Schutz foi lançada no mercado pelo atual presidente do grupo, Alexandre Birman, de forma independente, em 1995, com produtos que focam em design e liberdade de expressão. A fusão com a Arezzo ocorreu em 2007. No ano seguinte, ocorreu a inauguração da Anacapri, especializada em sapatos sem salto, com foco em conforto e moda acessível. Em 2009, Alexandre Birman decidiu lançar uma marca com seu próprio nome, visando um público mais sofisticado, que busca produção artesanal e exclusividade. 

Mas como adaptar as mesmas tendências do mercado da moda para públicos tão diferentes? “O primeiro passo da nossa estrutura organizacional é que cada marca tem unidades de negócios independentes. Cada uma tem sua própria diretoria e departamentos de criação, marketing e comercial. Cada equipe vive e respira a marca, tem sua própria estratégia, mas conta com a estrutura do grupo”, explica Alexandre Birman. 

Essa estrutura conta com um acervo físico e eletrônico de 40 mil sapatos, de marca própria e outras, alguns datados da fundação da empresa. “Brincamos que é um parque de diversão”, diz Birman. Há ainda uma plataforma na qual os fornecedores disponibilizam o que podem oferecer no momento. Fora isso, a companhia confere as tendências também em pesquisas em redes sociais, sites de modas, consultorias, revistas e viagens de confirmação. Mas cada equipe tem seu próprio cronograma. “Meu papel é supervisionar e acompanhar. Como venho da área de produtos, apoio todo esse processo”, acrescenta o executivo. 

Birman conta que a partir de 2007 o objetivo era fortalecer a essência do negócio. Com a experiência na produção e na venda de calçados, tiveram a certeza de que poderiam atender todos os públicos – desde a mulher que busca conforto, praticidade e preço acessível em sapatos flat até a que procura produtos exclusivos, produzidos de forma artesanal e não se incomodam em pagar caro por esse luxo. Foi no lançamento da marca autoral, que leva o nome de Birman, que a companhia ampliou sua operação, abrindo lojas em diversos lugares do mundo, como Estados Unidos, Emirados Árabes, Ásia e Europa. “Queríamos que fosse um abre-alas da nossa empresa para o mercado externo. De lá para cá evoluímos muito e somos uma das marcas brasileiras com maior visualização internacional”, comenta o presidente do grupo. 

Alexandre Birman será um dos palestrantes do 2º Fórum Negócios da Moda, evento que será realizado em 2 de junho, em parceria entre a FecomercioSP e o Estadão. Saiba mais sobre o evento aqui.
 

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