Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Especialista em ‘branding’ defende repensar o valor empresarial para globalizar as marcas nacionais

Ao mesacast ‘Mercado & Perspectivas’, Ana Couto afirma que foco excessivo no lucro impede os grandes negócios de alcançar o próprio potencial no cenário mundial

Ajustar texto A+A-

Especialista em ‘branding’ defende repensar o valor empresarial para globalizar as marcas nacionais
Na opinião de Ana, somente quando o Brasil tiver uma visão diferente sobre valor é que será capaz de ter empresas estimadas no mundo todo

Apesar de ter organizações bem estruturadas, negócios promissores e uma “potência absurda” voltada ao consumo e ao meio ambiente, o Brasil conta com apenas três marcas entre as mais valiosas do mundo, todas do setor bancário. Nas palavras da designer Ana Couto, muitas vezes, essas empresas estão focadas demais no lucro, sem se dedicarem a ações que agreguem valor de forma abrangente. “Eu já vi muitas organizações brasileiras sem método de construção de valor, muito focadas no resultado, mas sem disciplina de processos. É essencial levar essa consciência de valor a executivos e líderes, mostrar que estão deixando valor na mesa”, destaca, em entrevista ao mesacast Mercado & Perspectivas, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)

Ana é CEO da agência que leva o seu nome, a qual está por trás de cases de sucesso de grandes marcas nacionais. Neste ano, ela publicou o livro A revolução do branding, pela editora Gente. Na entrevista, a executiva explica que, diferentemente do século 20, em que o foco corporativo era gerar e vender cada vez mais produtos, o jogo nos tempos atuais é outro: o mundo vive um nível de consumo que já não reflete apenas uma questão econômica, mas também ambiental. Além disso, há externalidades da produção que geram mais responsabilidades dos negócios, como o descarte correto e a reciclagem. 

Ela também pondera que o branding trata justamente do valor e do impacto à sociedade. “O branding significa que a organização precisa entender o seu papel no mundo. Questiornar-se, caso deixe de existir amanhã, se alguém sentirá a sua falta. Qual é o seu talento real, por exemplo. É preciso saber quem é você enquanto marca, qual a sua proposta de valor e também a narrativa de como amarrar e contar essa história.” 

Resgate da cultura brasileira 

Na opinião de Ana, somente quando o Brasil tiver uma visão diferente sobre valor é que será capaz de ter empresas estimadas no mundo todo. Por outro lado, é importante que a sociedade descubra as próprias capacidades de gerar um impacto global, como quando se fala em meio ambiente. Para tanto, é preciso superar alguns desafios culturais.  

“Nós brigamos muito, somos um país isolado, nossas potências econômicas não são usadas integralmente, com uma diversidade que não é aproveitada. Se não abraçarmos isso tudo como uma potência, vamos deixar, novamente, esse valor sem ser capturado”, acrescenta a CEO. 

Assista ao episódio na íntegra e confira o bate-papo.


Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados

* Veja como nós tratamos os seus dados pessoais em nosso Aviso Externo de Privacidade.
Fechar (X)