Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Sustentabilidade

Estudante cria projeto para recuperação de barragem e açudes em Mossoró

Projeto finalista do Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade recupera barragem e açudes no Rio Grande do Norte

Ajustar texto A+A-

Estudante cria projeto para recuperação de barragem e açudes em Mossoró

Recuperar a barragem e os dois açudes que servem ao Assentamento Paulo Freire, em Mossoró (RN), foi o objetivo do projeto do estudante de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Luan Alves Lima, finalista do Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade. Em 2007, ele identificou a escassez de água como principal entrave para o desenvolvimento das atividades agropecuárias e decidiu fazer algo a respeito para melhorar as condições socioeconômicas das famílias. 

A primeira etapa foi de conscientização. “Realizamos oficinas com os moradores sobre cuidados a serem tomados com a água, o lixo e os materiais agrotóxicos. Com a sensibilização dos moradores, conseguimos potencializar os recursos hídricos do assentamento”, explica o estudante.

Também foi estabelecido um plano de ação para recuperar as estruturas danificadas da barragem, cujas paredes estavam danificadas, e dos açudes, que estavam assoreados e com rachaduras nas paredes. Os recursos vieram de linhas de financiamento público para os agricultores do semiárido. 

Para garantir o engajamento das famílias, as ações foram aprovadas em assembleias das quais todos os assentados podiam participar. As obras, de fato, começaram em outubro de 2006 e perduraram até o início de 2007, quando os açudes e a barragem foram plenamente recuperados. 

O projeto favoreceu o desenvolvimento das atividades agropecuárias do assentamento, que, na época, possuía um rebanho bovino com 250 cabeças, além de 800 cabeças de caprinos e 700 de ovinos. Antes do projeto, a única fonte de água do assentamento era uma adutora, que até hoje abastece a área com água potável, mas o consumo é pago. Como a taxa varia de acordo com o volume consumido, as famílias que possuíam uma quantidade maior de animais enfrentavam uma situação mais crítica no período de estiagem, antes da recuperação da barragem. 

“Espero que este trabalho contribua para a mobilização dos assentados”, diz Lima. Ele destaca ainda a preocupação das famílias com a sustentabilidade da água, o espírito de coletividade no reconhecimento do problema e a busca de soluções. “Acredito que o projeto possa ser replicado em outros assentamentos e comunidades rurais”, diz.

Fechar (X)