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Editorial

Faturamento do varejo na região de Bauru cai 9,5% e contabiliza R$ 1, 4 bilhão em novembro

De acordo a FecomercioSP, com retração de 25,1%, setor de concessionárias de veículos foi o que mais influenciou para o resultado negativo na região

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São Paulo, 25 de fevereiro de 2016 – Em novembro, o comércio varejista na região de Bauru atingiu o faturamento real de R$ 1,4  bilhão – retração de 9,5% na comparação com o mesmo mês de 2014. No acumulado dos 11 meses de 2015, a queda foi de 6,8%. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Das nove atividades analisadas, sete apresentaram queda em novembro, na comparação com o mesmo período de 2014. Foram determinantes para o resultado negativo o desempenho dos  setores de concessionárias de veículos (-25,1% e impacto de -3,3 pontos porcentuais para o resultado geral), de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-21,3%, com colaboração de -1,7 p.p.) e de lojas de vestuário, tecido e calçados (-22,3%, com contribuição negativa de 1,5 p.p.). 

Já os segmentos de farmácias e perfumarias (6,7% e colaboração de 0,4 p.p.) e de autopeças e acessórios (2% e contribuição de 0,1 p.p.) foram os únicos que registraram elevação em relação a novembro de 2014. 

 tabela_pccv_novembro_2015_bauru

Desempenho estadual

O faturamento realdo comercio varejista do Estado de São Paulo atingiu R$ 46,8 bilhões em novembro, queda de 10,1% na comparação com o mesmo mês de 2014 e R$ 5,3 bilhões abaixo do valor alcançado em novembro de 2014. Este foi o menor faturamento  para o mês desde 2009. Já no acumulado dos 11 meses de 2015, o varejo paulista obteve retração de 6,5%, o que representa uma redução de R$ 34,2 bilhões nas vendas. 

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas o comércio varejista da região do Litoral paulista mostrou resultado positivo em novembro (1,3%), enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram quedas expressivas em novembro, das quais quatro delas acima de 15%: concessionárias de veículos (-23,7%), materiais de construção (-20,6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,6%) e outras atividades (-15,6%). Somados, os quatro segmentos contribuíram negativamente para a retração geral com 9,8 pontos porcentuais. Por outro lado, os setores de supermercados (3,5% e colaboração no resultado geral de 1 ponto porcentual) e de farmácias e perfumarias (0,7%, sem contribuição significativa) foram os únicos que não recuaram.  

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, além das baixas observadas no mês, o fraco desempenho dos setores de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-11,2%) foi um forte indício de que nem mesmo as vendas promocionais da Black Fridayde 2015 conseguiram impedir a forte redução das vendas do segmento. 

Expectativa

De acordo com a Entidade, o resultado de novembro reafirmou o mau momento que o comércio varejista no Estado de São Paulo vive. Os baixos desempenhos confirmam a tendência de queda para o fechamento do ano, que terá retração de até 6% inferior ao observado em 2014, influenciada pela forte deterioração dos indicadores econômicos, como PIB, emprego, renda, crédito, déficit fiscal, alta da inflação, câmbio e juros.  Para dezembro de 2015, a expectativa é uma baixa de 4% no faturamento real. 

A FecomercioSP aponta que a retomada do crescimento das vendas varejistas é improvável a médio prazo e afirma que em 2016 poderá se consolidar a maior crise já vivida pelo comércio paulista, com retrações expressivas das atividades sem sinais de arrefecimento, dando continuidade a um cenário de desalento e baixas perspectivas. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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