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Editorial

Faturamento do varejo na região do ABCD cai 7,4% em janeiro, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, a queda de 39,6% no setor de lojas de vestuário, tecidos e calçados foi determinante para o resultado negativo

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São Paulo, 26 de abril de 2016 – Em janeiro, o faturamento real do comércio varejista na região do ABCD atingiu R$ 2,4 bilhões, queda de 7,4% em relação ao mesmo mês de 2015. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

 Entre as nove atividades pesquisadas, sete recuaram em relação a janeiro de 2015. O segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados com -39,6% e impacto negativo de 3,8 pontos porcentuais (p.p.) no resultado geral foi determinante para a queda no faturamento da região. Em seguida, o setor de farmácias e perfumarias apresentou a segunda maior retração do mês (-18,8% e colaboração de -1,5 p.p.).

 Em contrapartida, apenas as atividades de supermercados (5,3% e 1,8 p.p. de contribuição no resultado geral) e de autopeças e acessórios (19,2%, com 0,3 p.p.) registraram crescimento  na mesma base de comparação.

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Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo manteve no início de 2016 o fraco desempenho registrado no ano anterior e, em janeiro, alcançou faturamento real de R$ 44,1 bilhões, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2015, quando faturou R$ 46,3 bilhões. Esse é o menor movimento de vendas do varejo paulista para o mês desde 2010.

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas as do Litoral paulista (8,3%) e de Marília (1,3%) apresentaramcrescimento em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais recuaram nas vendas do varejo, sendo Osasco (-12,6%) a que teve o pior desempenho estadual.

Das nove atividadesexaminadas, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com sete pontos porcentuais para o declíniodo varejo na totalidade do Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (8,1%) e supermercados (6,1%) foram os únicos que mostraramresultados positivos no período e colaboraram 2,4 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e declínionos indicadores de emprego e renda, acompanhada pela elevação do endividamento e da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas para tirar o País de uma das crises mais graves de sua história. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, diante das incertezas econômicas e políticas, tudo indica que o varejo, ao menos no primeiro semestre do ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança de consumidores e empresários em geral. Com isso, as estimativas apontam para uma queda acumulada ao redor de 6% nesses primeiros seis meses de 2016. 

A Entidade pondera ainda que o mais preocupante na crise política atual é a demora em se avançar em medidas que possibilitem a retomada do crescimento. Afinal, quanto maior for o prazo para a resolução dos impasses atuais, mais graves se tornarão os problemas econômicos internos. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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