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Negócios

FecomercioSP esclarece termos econômicos para melhorar análises no Turismo

Conselho de Turismo da Entidade alerta que o uso incorreto de termos como ‘PIB’ e ‘faturamento’ pode distorcer estudos e decisões

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FecomercioSP esclarece termos econômicos para melhorar análises no Turismo

A maneira como dados econômicos são divulgados durante grandes eventos, como o carnaval ou shows de artistas internacionais, costuma gerar confusão entre conceitos — por exemplo, de Produto Interno Bruto (PIB), faturamento e movimentação financeira. Com o objetivo de aprimorar a compreensão e a interpretação desses indicadores, o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) fez uma apresentação especial durante a reunião de abril, realizada na última quinta-feira (24).

Segundo Guilherme Dietze, presidente do conselho, a supervalorização de números e o uso impreciso dos termos podem prejudicar análises econômicas e decisões de investimento. “É fundamental distinguir corretamente o que representa faturamento, movimentação ou impacto econômico. Um erro conceitual compromete a leitura dos resultados e a tomada de decisão, tanto para o setor público quanto para o privado”, destacou.

Durante a apresentação, foram expostos exemplos de eventos recentes, como o carnaval de São Paulo e o show da cantora Lady Gaga, cuja divulgação de impactos econômicos, segundo Dietze, frequentemente mistura diferentes métricas, gerando interpretações equivocadas.

Faturamento, PIB e movimentação

A exposição destacou que faturamento e receita bruta são sinônimos na contabilidade, representando o valor total obtido antes de descontos de impostos e despesas. Já o PIB, calculado sob a ótica da produção, considera apenas o valor adicionado ao longo da cadeia produtiva, sem duplicações, o que o torna diferente e não comparável diretamente com o faturamento.

Dietze explicou ainda que a movimentação financeira atribuída a eventos engloba a economia tanto formal como informal, incluindo gastos com hospedagem, alimentação, transporte e consumo local. No entanto, alertou que a movimentação não deve ser confundida com faturamento registrado formalmente pelas empresas.

Gasto adicional e impacto econômico

Outro ponto de atenção ressaltado pelo conselho foi o conceito de gasto adicional. Para medir o real benefício econômico de um evento financiado com recursos públicos, é importante considerar se os recursos vêm de visitantes externos, gerando efetivamente nova riqueza para a cidade, ou se apenas realocam o consumo dos próprios moradores.

“O impacto econômico de um evento vai além da simples movimentação. Precisamos avaliar se houve geração líquida de riqueza para o local, e isso só ocorre quando há gasto adicional de visitantes que não consumiriam ali de outra forma”, afirmou Dietze.

Análises mais assertivas

A FecomercioSP reforçou que o objetivo não é questionar os dados apresentados em eventos, mas incentivar o uso correto dos conceitos para análises mais precisas e decisões de investimentos mais embasadas. “Compreender corretamente esses indicadores é essencial para o planejamento público e para a estratégia dos empresários”, concluiu Dietze.

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