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Economia

Fundos imobiliários, ações e previdência privada surgem como alternativas à renda fixa

Com queda dos juros, aplicações em CDI, CDB e títulos públicos perdem atratividade

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Fundos imobiliários, ações e previdência privada surgem como alternativas à renda fixa

Com recuperação do mercardo imobiliário, os fundos desse setor são opções interessantes de investimento
(Arte/Tutu)

Acostumado a obter rendimentos elevados de suas aplicações financeiras, o brasileiro é facilmente enganado pela ilusão monetária – situação em que o retorno financeiro é mensurado pela taxa de juros nominal, e não pela taxa real (descontada a inflação).

Atualmente, os juros estão pela segunda vez na história abaixo de dois dígitos e pela primeira vez abaixo dos 7% – na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, para 6,5% ao ano. Esse patamar não faz com que os rendimentos reais sejam baixos, dado que a inflação ronda os 3%. Contudo, para quem acompanha a variação nominal das aplicações, as taxas parecem estar bastante baixas, mesmo que os juros no País sejam muito mais elevados do que em países como Estados Unidos, Canadá, Japão e na Europa.

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Diante dessa realidade, investidores começam a abandonar a renda fixa. Nos últimos dois anos, viu-se uma migração de recursos depositados na caderneta de poupança para aplicações de renda fixa. Com a queda dos juros, os investidores agora procuram alternativas. Há diversas opções, porém, nenhuma reúne as mesmas condições que a renda fixa sempre apresentou no Brasil.

As aplicações em CDI (certificado de depósito interbancário) e CDB (certificado de depósito bancário) de bancos de primeira linha ou em títulos públicos eram extremamente seguras, tinham liquidez imediata e ainda rendiam juros reais bastante altos. Acontece que investimentos desse tipo – de baixo risco e de liquidez e retorno elevados – deveriam ser exceção, mas eram a regra no País.

Com isso, a escolha financeira era simples: por que aplicar em ações ou correr riscos se todas as vantagens estavam reunidas em uma única modalidade?

Atualmente, as aplicações em renda fixa ainda têm bons rendimentos, mas já não são tão elevados. Se considerarmos o retorno nominal, a atratividade caiu consideravelmente.

Como era de se esperar para uma economia que caminha para um ajuste macroeconômico mais condizente com a realidade mundial, os aplicadores começam a migrar para outras opções. Um exemplo disso é que as aplicações em Bolsa de Valores (ações) cresceram não só em volume, mas também em número de participantes.

Fundos gerenciados por grandes bancos contendo, além de renda fixa, algum risco com papéis de empresas, ações e outros títulos passaram a ser demandados. Também surge como alternativa a previdência privada – o que faz ainda mais sentido diante do problema do sistema previdenciário brasileiro.

Mais recentemente, investimentos no setor imobiliário voltaram a ser analisados. Aplicar em ativos imobiliários (comprar um ponto comercial, um galpão ou uma residência para locação) é arriscado e tem pouca liquidez. O investidor tem que dispor de muito dinheiro e corre o risco de locar para maus pagadores ou para quem pode danificar o imóvel. Também tem que ficar atento à manutenção do bem, o que não é fácil nem barato, e deve manter o pagamento de impostos em dia, além de ter que apurar contabilmente as receitas de aluguéis para declaração de imposto de renda. E, se precisar vender o imóvel com urgência, tem que aceitar propostas eventualmente muito baixas em razão da falta de liquidez desse mercado.

Uma alternativa para garantir bons rendimentos aproveitando a recuperação do setor no País são os fundos imobiliários. Os fundos diversificam as aplicações em inúmeros imóveis, cuidam da manutenção dos bens de forma profissional e em escala, informam os dividendos para declaração de IR e contam com liquidez no setor financeiro. É uma opção a ser considerada para este ano, com tendência de retorno positivo nos próximos.

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