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Editorial

Histeria: encontro entre Freud e Dalí é diversão garantida

Trapalhadas e situações inusitadas provocam o riso e prendem a atenção da plateia durante todo o espetáculo

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Histeria: encontro entre Freud e Dalí é diversão garantida

Salvador Dalí, o pintor espanhol e mestre do surrealismo, interpretado por Cassio Scapin (Arte: TUTU) 

A comédia Histeria, dirigida por Jô Soares, encanta e faz a plateia refletir com cenas do encontro real entre Freud, o pai da psicanálise, vivido por Norival Rizzo, e Salvador Dalí, o pintor espanhol e mestre do surrealismo, interpretado por Cassio Scapin, ocorrido no fim da década de 1930. O espetáculo fica em cartaz até 1º de outubro no Teatro Raul Cortez na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A história se passa em Londres, cidade onde Freud viveu seus últimos anos, fugindo do regime nazista. Na época, com a situação agravada pelo câncer na mandíbula, o médico atendia seus pacientes no mesmo endereço onde morava.

E é justamente a essa casa que chega Salvador Dalí, que há tempos ansiava por conhecer Freud, autor dos textos que não só o encantavam como haviam lhe dado muitas respostas sobre a vida. Um amigo interfere para que o encontro aconteça, já que Freud parecia tentar adiar esse atendimento.

As trapalhadas começam quando Freud tenta interpretar as histórias que Dalí conta sobre ele mesmo e suas pinturas, às vezes falando de si próprio na terceira pessoa e confundindo o médico.

Em um momento particularmente engraçado, Dalí retira um quadro de Picasso que está na parede da sala e coloca um seu e passa a comparar as obras, dizendo frases como: “Picasso era espanhol! Dalí, também”. 

Complicando as coisas, quando o artista chega, Freud está completamente sem jeito por tentar esconder a misteriosa jovem Jéssica, interpretada por Erica Montanheiro. Ela o procurou para saber a verdade sobre a história contada no diário de Rebeca S., sua mãe, atendida por Freud. O psicanalista não conta que há mais alguém em sua sala, até que Dalí descobre a moça dentro de um armário. A montagem conta ainda com a presença do doutor Yarruda, vivido por Milton Levy, amigo e médico de Freud, que tenta impedir que o pai da psicanalise publicasse um de seus trabalhos que pretendia desmistificar Moisés. 

O ritmo ágil da encenação – que também traz momentos que provocam a reflexão nos espectadores –, o texto e o desempenho dos atores garantem boa diversão para o público que for conferir a montagem, escrita em 1993 pelo dramaturgo britânico Terry Johnson e traduzida por Jô Soares.

Histeria está em cartaz no Teatro Raul Cortez e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site Compre Ingressos.

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