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Negócios

Hortifrútis e supermercados evitam desperdício de frutas, legumes e verduras e aumentam vendas

Aproveitamento máximo alia praticidade de comidas prontas a alimentos saudáveis que o consumidor vem buscando ao longo dos últimos anos

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Hortifrútis e supermercados evitam desperdício de frutas, legumes e verduras e aumentam vendas

FecomercioSP orienta comerciantes a lidar com esses produtos sensíveis e medidas podem refletir no faturamento
(Arte: TUTU)

Supermercados e hortifrútis passaram a investir no aproveitamento integral de frutas, legumes e verduras, chamadas de “FLVs”, a fim de evitar a perda e o desperdício e também de aumentar o faturamento.

Esses produtos são sensíveis, e os estabelecimentos de gênero alimentício precisam lidar com perdas provocadas pelo vencimento ou pela danificação dos alimentos, erros no inventário de estoque e até furto. Estudo da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) estima uma perda média para os supermercados no País de quase 2% do faturamento líquido. O dado é significativo e deve ser considerado para melhor estruturação de políticas internas de gestão.

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Pensando nisso, o Sacolão São José, na zona sul da capital, em funcionamento há 20 anos, começou no ano passado a vender frutas, legumes e verduras cortadas em bandejas. A tática consiste em oferecer “mais por menos”. Se o quilo de determinada fruta custa R$ 2,99 inteira, na bandeja o sacolão oferece o dobro do peso do mesmo item em pedaços por apenas R$ 1 mais caro.

O que parece prejuízo é, na verdade, uma forma de atrair consumidores. "A compra fica mais barata para o cliente e tem gente que vem aqui só para comprar os produtos na bandeja. Vendemos, inclusive, para comerciantes da região”, explica o comprador responsável do sacolão, Márcio Daniel Ferreira.

Eles vendem na bandeja alimentos que apresentam manchas, estão amassados, amadurecidos em demasia ou com algum outro detalhe que não se mostra atrativo para o consumidor, mas mantém o valor nutritivo e estão em totais condições para o consumo.

Opções de venda
São diversas as opções para vender as FLVs e aproveitar ao máximo esses alimentos, uma vez que esse método alia a praticidade de comidas prontas a alimento saudáveis que o consumidor vem buscando ao longo dos últimos anos.

Para as frutas, a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) sugere a produção de sucos ou a venda delas desidratadas e cortada em pedaços.

No caso dos legumes e verduras, é possível oferecer ao consumidor os legumes cozidos embalados a vácuo – de forma individual ou agrupados –, os combos de salada e legumes ou simplesmente as verduras higienizadas prontas para o consumo.

Nesses casos, a precificação é sempre mais elevada, pois cascas, sementes ou caroços são descartados. Os custos de produção e embalagem diferenciados também justificam o aumento do preço.

Estrutura
Antes de implementar uma nova linha de produtos, a FecomercioSP sugere que o empresário avalie quanto do estoque é desperdiçado ao longo do mês.

Para fazer o manuseio dos novos produtos, é importante avaliar também o investimento de um espaço para produção e uso dos equipamentos adequados para higienização, embalagens, aquecimentos, refrigeração, etc. Deve-se planejar ainda o treinamento dos funcionários para operar as novas máquinas e informar os clientes sobre os novos produtos que estão nas prateleiras.

A empresa precisa estudar a viabilidade das mudanças por meio da análise da lucratividade dos itens/produtos e o prazo de retorno de investimento.

Uma alternativa para mercados menores e do interior, onde não vale o investimento individual, é o incentivo – com a negociação de estabelecimentos da região – à criação de cooperativas. Assim, os empresários têm mais chances de vender os produtos a um preço menor.

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