Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Negócios

Hotel Maksoud Plaza inova por meio de parcerias

Acordo com a rede Accor garantiu crescimento de 19% no faturamento da empresa

Ajustar texto A+A-

Hotel Maksoud Plaza inova por meio de parcerias

"Devemos estar preparados para tudo. Acho que isso é essencial para a sobrevivência de qualquer empreendimento", disse Henry Maksoud Neto, que assumiu o comando do Hotel Maksoud Plaza.
(Arte/TUTU)

Desde que assumiu o comando do Hotel Maksoud Plaza após a morte de seu fundador, em 2014, Henry Maksoud Neto tomou uma série de decisões para recolocar o empreendimento no badalado roteiro de São Paulo. A diferença entre ele e o avô é que Maksoud Neto lançou mão de parcerias para tentar reerguer aquele que foi o marco da sofisticação nos anos de 1980 e 1990. “Ele ia preferir fazer tudo sozinho”, afirma o neto saudosista.

Ao recordar o passado, Henry Neto não esconde a admiração pelo avô. “Comecei na cozinha do hotel com 15 anos, mas desde os cinco eu o acompanhava em reuniões da diretoria”, afirma o empresário, que sabe que tem pela frente um árduo desafio. Precisa fortalecer e costurar acordos comerciais para atrair ao lugar um público jovem e eclético, geração para qual o glamour dos velhos tempos já não importa tanto.

O que mais marcou o senhor no processo de nascimento do Maksoud Plaza?

Toda a sua concepção está muito viva na minha memória. Estive presente nas negociações da compra do terreno, onde funcionava um monastério de beneditinas. Tudo aqui está intimamente entrelaçado com a minha história de vida.

O que o senhor tirou de lição da convivência com o seu avô?

Eu sou o que meu avô era, cem por cento. Somos diferentes apenas na questão do estabelecimento de parcerias. Meu avô reprovaria o que tenho feito. Ele não gostava de se associar com ninguém, mas os tempos eram outros e a cultura, também. O habitual era nos falarmos, no mínimo, cinco vezes por dia.

Qual a importância para um líder conhecer na prática o seu negócio?

Comecei na cozinha com 15 anos. Depois, fiz estágio em todas as áreas. Falo por mim, mas quem não sabe fazer não sabe mandar. Eu acho que faz toda a diferença, sem dúvida alguma.

Pretende abrir capital?

Devemos estar preparados para tudo, mas, acima de tudo, acho que isso é essencial para a sobrevivência de qualquer empreendimento. Tudo muito organizado, profissional.

São quantos funcionários hoje?

Hoje são 300. No auge, chegamos a ter aqui 1,2 mil colaboradores.

Como surgiu a ideia das parcerias para revitalização do local?

Tem alguns anos já que procuramos fazer algum acordo que dê uma dinâmica ao público. Muita gente nem sabia que o hotel existia. A geração Y, dos 30 anos, principalmente. Então, resolvemos proporcionar uma primeira experiência, um primeiro contato. Dessa forma, é criado um caldo cultural que vai se multiplicando e repercute em tudo: em hospedagem, em eventos ou em uma simples pausa para um drinque após o expediente.

Quais parcerias o senhor destacaria pelos resultados?

Temos um contrato comercial com a rede Accor, que passou a oferecer o Maksoud para agências e sites de viagens. Um acordo que já representa 15% das reservas do hotel, que encerrou o ano de 2015 com 19% de crescimento em faturamento e uma taxa média de ocupação acima dos 70%.  Outra medida é o aproveitamento de lugares ociosos. No ano passado, foi inaugurado o PanAm Club, um exclusivo espaço de eventos com temática inspirada na antiga companhia aérea americana, no topo do prédio, embaixo do heliponto.

Há investimentos próprios?

No caso do PanAm Club, não. Ele é do empresário Facundo Guerra, sócio do Grupo Vegas, que por sinal tem me ajudado muito na reestruturação e no marketing. Ele também investirá no Planta, um mix de floricultura, café e comida vegetariana, que funcionará no estacionamento.

E o senhor estuda novos acordos?

Desde que sejam pensados milimetricamente, sempre com o intuito de fazer o hotel ser mais frequentado e por todo o tipo de público, não vejo mal.

E quais são as novidades? 

Vamos convidar artistas plásticos para criar quartos conceitos a partir de abril deste ano. A ideia é trazer novas experiências no uso desses apartamentos. Outra novidade é a reforma do teatro, que se chamará Cine Paradiso.

O senhor planeja sair do setor hoteleiro?

Sempre fomos especializados em hotel de business, mas sempre tivemos ligação com entretenimento. Acho que o foco é trazer gente nova para o hotel.

O senhor não acha que o cenário econômico prejudica essa retomada?

O maior problema do Brasil hoje é a inflação. Ela corrói absolutamente tudo. Pouco se tem dado importância a esse fato, mas estamos perdendo poder aquisitivo e isso é péssimo e prejudica todo mundo.

Clique aqui e leia a reportagem na íntegra, publicada na revista Conselhos.

Fechar (X)