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Economia

Inadimplência cresce pelo terceiro mês consecutivo e proporção de famílias paulistanas com contas em atraso atinge 19,2%

Segundo pesquisa da Entidade, mais de 700 mil famílias estavam inadimplentes em maio

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Inadimplência cresce pelo terceiro mês consecutivo e proporção de famílias paulistanas com contas em atraso atinge 19,2%

O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, utilizado por 73,2% das famílias em maio. Em seguida, estão os carnês (13,3%)
(Arte/TUTU)

Interrompendo duas altas mensais consecutivas, a proporção de famílias paulistanas endividadas voltou a cair. Em maio, 52,4% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, leve queda de 0,5 ponto porcentual (p.p.) na comparação com abril, quando 52,9% afirmaram ter dívidas. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 50,1%, houve um aumento de 2,3 p.p.. Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 2,046 milhões, em abril, para 2,028 milhões em maio, sendo que em maio de 2016, esse número era de 1,925 milhão, ou seja, o aumento do número de famílias endividadas foi de 103 mil. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Na segmentação por renda, o endividamento é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos proporcionalmente às famílias de renda mais alta. Para o primeiro grupo, o porcentual de endividados em maio foi de 57,1%, queda de 0,8 p.p. em relação ao mês anterior. Para as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 38,8% em maio, alta de 0,3 p.p. em relação a abril (38,5%).

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Do total das famílias endividadas, 51,2% têm entre 11% e 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 25,9% das famílias, o porcentual para pagamento de dívidas é menor que 10%, enquanto que para 19,1% das famílias endividadas o comprometimento é superior a 50% da renda.

Inadimplência
A inadimplência subiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 19,2% das famílias em maio, alta de 0,5 p.p. na comparação com abril. Em relação ao mesmo período do ano passado, a proporção de famílias com contas em atraso subiu 0,4 p.p., quando registrava 18,8%. A proporção de famílias que não terão condições de pagar as contas no próximo mês ficou praticamente estável ao passar de 8,2%, em abril, para 8,1% em maio. Além disso, é 1 p,p. superior ao registrado em maio de 2016, quando 7,1% das famílias declararam estar nessa situação. Segundo a Federação, diante do quadro de desemprego ainda elevado, é inevitável a deterioração das variáveis relacionadas à inadimplência. 

Dentre as famílias com contas em atraso, 45,1% delas têm contas vencidas há mais de 90 dias, enquanto 26,5% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias e 25,7% estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.

A ocorrência de contas em atraso é maior entre as famílias com menor renda proporcionalmente às famílias de renda mais elevada. Segundo a Entidade, naquela faixa da população, em que qualquer imprevisto pode desequilibrar as finanças, o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões de consumo e, muitas vezes, é a única forma de acesso a esses modelos.

Entre as que recebem até dez salários mínimos, a proporção de famílias com contas em atraso registrou estabilidade na comparação mensal, atingindo 24,4% em maio. No caso das famílias com renda acima desse montante, o percentual subiu pelo segundo mês consecutivo, passando de 5,8% para 7,5% nesse mesmo período.

Tipos de dívida
O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, utilizado por 73,2% das famílias em maio. Em seguida, estão os carnês (13,3%), financiamento de carro e crédito pessoal (ambos com 12,6%), financiamento de casa (10,9%), cheque especial (7,8%) e crédito consignado (4,8%). Em relação ao mesmo período do ano passado, a FecomercioSP ressalta que houve queda na proporção de endividados com financiamento de carro (-3,1 p.p.), além de retração no financiamento da casa e no cheque especial, ambos com queda de 2,6 p.p. 

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