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Imprensa

Índice de confiança do consumidor paulistano volta a subir em outubro, aponta FecomercioSP

Segundo Entidade, indicador registrou alta de 3,2% e novamente fica acima dos 100 pontos, revelando o otimismo dos consumidores da capital

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São Paulo, 06 de novembro de 2017 - Após ter registrado queda nos meses de agosto e setembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a subir em outubro, impulsionado principalmente pela melhora já consolidada do cenário econômico atual. No mês, o ICC do município de São Paulo atingiu 102,8 pontos, ante os 99,7 vistos em setembro, alta de 3,2%. Vale ressaltar que desde o início da crise política brasileira, em meados de maio, o indicador vem oscilando em torno dos 100 a 105 pontos sem estabelecer uma trajetória definida. Na comparação com o mesmo mês de 2016, quando o indicador marcou 106,0 pontos, houve uma redução de 3%. 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). 

Os dois componentes do indicador voltaram a registrar alta em outubro. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) cresceu 4,1%, ao passar de 70,1 pontos em setembro para os atuais 73 pontos em outubro, e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) registrou avanço de 2,8%, passando de 119,4 para 122,7 pontos em outubro. No comparativo anual, o ICEA apresentou alta de 23,5%, e o IEC registrou queda de 10,6%. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o cenário de inflação e juros em queda, indícios de recuperação do mercado de trabalho, entre outros fatores foram os principais responsáveis pela recuperação do indicador. As expectativas em relação ao futuro também subiram, mas seguem abaixo do patamar pré-crise política, quando, em abril, o IEC registrava 134,1 pontos. Para a Federação, com o aparente encerramento da crise, a agenda de reformas deve ser retomada e, provavelmente, acelerar a retomada da confiança dos consumidores. 

Gênero e renda

Entre os componentes que integram o ICC, no resultado apurado pelo ICEA, destaca-se a assimetria registrada na classe dos gêneros. Enquanto o grupo masculino registrou alta de 11,1%, ao passar de 74 pontos em setembro para 82,2 pontos em outubro, o grupo feminino descreveu queda de 3,7%, passando de 66,3 pontos em setembro para 63,8 pontos em outubro. Outro destaque foi o avanço de 8,2% por parte dos consumidores com renda familiar de até dez salários mínimos, cuja pontuação passou de 64,2 pontos em setembro para 69,5 pontos em outubro. 

Nos itens inerentes as expectativas, medido pelo IEC, destaca-se o avanço no grupo de consumidores com renda familiar superiora dez salários mínimos. O grupo registrou alta de 5,8% ao passar de 132,6 em setembro para 140,2 pontos em outubro. Destacam-se também aqueles consumidores com até 35 anos de idade, que registraram alta de 4,3% passando de 120,6 em setembro para 125,8 pontos em outubro. 

Metodologia

O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. 

Os resultados são segmentados por nível de renda, gênero e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas. 

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

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