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Economia

Índice de Estoques cai 5,9% em junho impactado pela paralisação dos caminhoneiros

Greve prejudicou vendas de bens duráveis e abastecimento de produtos perecíveis no varejo

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Índice de Estoques cai 5,9% em junho impactado pela paralisação dos caminhoneiros

Porcentual de empresários que consideram seus estoques adequados caiu para 53,5% em junho
(Arte/Tutu)

Impactado pela paralisação dos caminhoneiros no fim do mês passado, o Índice de Estoques (IE) do varejo na cidade de São Paulo caiu 5,9% em junho, passando de 113,8 para 107,1 pontos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 1,3%.

Os dados do Índice de Estoques são levantados mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nos estabelecimentos comerciais, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos 100 pontos é o limite entre inadequação e adequação.

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Em geral, o desabastecimento gerou dois problemas: queda de estoques para alguns setores de demanda de curto prazo (como alimentação, bebidas e combustíveis) e elevação de estoques de bens de consumo duráveis, como automóveis.

Com isso, o porcentual de empresários que consideram seus estoques adequados caiu para 53,5%, recuos de 3,4 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao mês anterior e 0,9 p. p. abaixo do apurado em junho de 2017. Além disso, a proporção de empresários que declarou ter excesso de mercadorias nas prateleiras subiu 2,4 p.p. na comparação mensal, para 32,4%. Por outro lado, 13,8% declararam ter estoques baixos, alta mensal de 0,8 p.p.

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Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os empresários devem ficar atentos à possibilidade de manter um estoque “regulador”, ao menos enquanto o abastecimento não estiver completamente normalizado, levando em conta a validade dos produtos perecíveis.

Uma consequência significativa da paralisação dos caminhoneiros foi a redução drástica do fluxo de consumidores nos locais de compra, principalmente de bens duráveis e semiduráveis, o que explica a elevação média do excedente de estoques.

A Entidade ressalta que parte desse efeito é transitório, devendo se normalizar com a retomada do fluxo de pessoas no comércio. Contudo, não se pode descartar uma redução mais duradoura nas vendas, uma vez que a paralisação impactou negativamente a confiança dos consumidores, que tendem a ficar menos propensos à aquisição de bens de maior valor. A FecomercioSP avalia que esse efeito pode perdurar até a conclusão do pleito eleitoral.

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