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Imprensa

Índice que mede a intenção de consumo das famílias volta a subir em agosto, após quatro quedas consecutivas

Segundo a FecomercioSP, indicador apresentou leve alta de 0,3% em relação a julho

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São Paulo, 31 de agosto de 2018 – Após uma série de quatro quedas, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a subir em agosto e registrou leve alta de 0,3% na comparação com julho. No mês, o indicador permaneceu na casa dos 86 pontos, passando de 86,2 pontos em julho para 86,5 pontos em agosto. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um avanço de 9,7%, quando o ICF marcava 78,9 pontos.

O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação, e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Apenas dois índices que compõem o indicador recuaram em agosto. O item Renda atual passou de 97,3 pontos em julho para 94,4 pontos em agosto, queda de 3%. O item Acesso ao crédito se manteve tecnicamente estável, com uma ligeira variação de -0,3% e atingiu os 87,7 pontos, ante os 88 pontos apresentados em julho. Apesar do resultado negativo, ambos estão em patamares superiores ao de agosto de 2017.

Em contrapartida, o item Momento para duráveis foi o que mais contribuiu para o desempenho positivo do ICF do mês, apontando alta de 5,7% e atingindo os 59,3 pontos em agosto, ante os 56,1 pontos do mês anterior. Apesar da alta mensal a pontuação é a menor entre os itens avaliados do ICF no mês.

A segunda maior variação foi do item Nível de consumo atual, 2% na comparação com julho, passando de 59,1 pontos para os atuais 60,2 pontos. Houve um avanço de 18,9% no contraponto anual. Muito embora tenha sido destaque de variação em agosto, o item ainda está num patamar elevado de insatisfação. Ao todo, 54% das famílias paulistanas estão comprando menos em relação ao ano passado.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, para os próximos meses as famílias continuam cautelosas com os gastos, apesar de o índice estar melhor do que o nível atual. O item Perspectiva de consumo ficou praticamente estável, com 0,4% de alta, mas se manteve na casa dos 85 pontos (85,7 pontos). Na comparação com o ano passado, houve crescimento de 15,5%. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados responderam que sua família e a população em geral tendem a gastar menos nos próximos meses. Há um ano, esse porcentual era de 47%.

Por fim, também com resultado positivo, estão os dois itens relacionados ao emprego. Tanto Emprego atual quanto Perspectiva profissional foram os únicos que apontaram satisfação, acima dos 100 pontos. O primeiro ficou tecnicamente estável, passado de 108,4 pontos em julho para 108,8 pontos em agosto, alta de 0,3%. O segundo ficou com 109,5 pontos, 0,1 ponto acima do valor visto no mês anterior. Na comparação anual, no entanto, as variações respectivas foram de 8,8% e 5,6%.

Faixa de renda
Na análise por faixa de renda, o índice de intenção de consumo das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos (SM) subiu levemente 0,4%, mas se manteve na casa dos 83 pontos (83,7 pontos). Para o grupo de famílias que ganham acima de dez salários mínimos, o índice ficou em 94,6 pontos, 0,2% acima do valor do mês anterior. De acordo com a Federação, ambos os casos podem ser considerados como tecnicamente estáveis, porém, na comparação com o mesmo período do ano passado houve aumento mais significativo, de 7,7% e 15% respectivamente.

Ainda segundo a Entidade, após dois meses de maior preocupação em decorrência da greve dos caminhoneiros, as famílias voltam a dar sinais de retomada da confiança, mesmo que de forma lenta. Para a Entidade, porém, somente os níveis baixos de juros e inflação não são suficientes para elevar a disposição de consumo. Enquanto a variável do emprego não reagir, dificilmente o indicador avançará de forma consistente num novo ciclo de alta.

E para gerar empregos, é necessária a volta da confiança dos empresários, para que eles possam investir. Neste momento, o quadro de incerteza política limita a capacidade dos empregadores de enxergar mais a longo prazo e, portanto, sem previsibilidade e clareza, todos ficam esperando um momento mais adequado de investir nos negócios, mantendo, assim, um ritmo mais fraco da economia.

Metodologia
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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