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Imprensa

Intenção de comprar presentes para o Natal é a menor desde 2009

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São Paulo, 17 de dezembro de 2015 - O quadro econômico recessivo influenciou a confiança dos consumidores paulistanos, que neste ano desejam presentear menos no Natal. De acordo com sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 56,8% dos paulistanos desejam presentear no Natal, contra 60,2% em 2014 e 67,4% em 2013. O levantamento foi realizado com 1.115 consumidores no município de São Paulo nos dias 10 e 11 de dezembro.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, é o pior resultado da série histórica, iniciada em 2009. Vale ressaltar que, em 2009, o Brasil sofreu os impactos da crise econômica mundial, que resultaram em uma redução sensível do consumo no País.

Apesar da queda na intenção de compra dos presentes natalinos, o valor médio do presente aumentou um pouco em termos reais. Neste ano, o tíquete médio apurado foi de R$ 56, enquanto em 2014 o valor era de R$ 42. Para a Entidade, isso significa que mesmo na cidade mais rica do País, a renda não permite muitas extravagâncias, e a conjuntura restringe ainda mais os consumidores neste momento.

A assessoria econômica destaca ainda que, apesar da média estimada de despesas ter se elevado, a expectativa do consumidor é gastar menos. A proporção de consumidores que pretendem gastar mais que no Natal anterior caiu de 54,3% em 2014 para 26,4% em 2015. Adicionalmente, 53,4% dos entrevistados afirmam que vão gastar menos neste ano, contra 30,2% em 2014.  Já o número de presentes permanece praticamente igual e 51,5% dos entrevistados responderam que pretendem comprar até três presentes, enquanto 27,2%, de quatro a cinco presentes.

Em relação à forma de pagamento, 72,7% dos entrevistados pretendem pagar as compras à vista, o que mostra a pouca intenção de endividamento das famílias, evitando financiamentos e parcelamentos. Em 2014, esse número era de 68,7%. Já o cartão de crédito será o segundo meio mais utilizado, com 26,8%, ante 30,6% no ano passado.

Assim como no ano anterior, vestuários, calçados e acessórios permanecem no topo da lista de presentes, com 64% das respostas. Na sequência estão brinquedos (27,6%), perfumes e cosméticos (21,3%) e telefone celular (6,8%). De acordo com a Federação, as famílias, além de desejarem gastar menos, tendem a dar itens úteis e que teriam que adquirir ao longo do ano de qualquer maneira - substituir brinquedos por vestuário seria a melhor alternativa em tempos de crise.

Por outro lado, os presentes que os entrevistados mais gostariam de ganhar são vestuários, calçados e acessórios (24,7%), telefone celular (12,6%), perfumes e cosméticos (8,4%) e aparelhos de TV e som (7,4%).

Pais e filhos
Segundo a FecomercioSP, os paulistanos gastarão um valor maior no presente de filhos (28,9%), mães (22,9%) e namorados(as) (23,5%), enquanto os pais (3%) continuam pouco prestigiados.

Em 2015, praticamente se mantém a proporção de pais que levam os filhos para escolher presentes - 38,8% contra 35,3% vistos em 2014. Contudo, aumentou significativamente a proporção de pais que levam seus filhos às compras e estabelecem previamente um limite de valores: 74,2% em 2015 contra 53,5% em 2014.

Black Friday
Nem mesmo a Black Friday foi capaz de estimular os consumidores a comprar. Entre os entrevistados, apenas 15% afirmam ter aproveitado as liquidações do período. Entre os que gastaram, apenas 18% anteciparam a compra de presentes do Natal. Isso significa, em uma conta rápida, que menos de 3% aproveitaram a Black Friday com foco no Natal.

De acordo com a Federação, essa é uma liquidação ainda recente e pouco conhecida. Em momentos de crise, e sem o 13º salário depositado, fica muito difícil para o consumidor antecipar as compras. Talvez no futuro, com maior divulgação e melhores condições econômicas, a data se torne mais relevante e distribua as vendas de fim de ano.

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