Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Intenção de financiamento cresce 3,5% em agosto e segurança de crédito melhora

Segundo a FecomercioSP, paulistanos continuam conservadores na tomada de crédito e disposição para empréstimos neste momento de crise segue abaixo da média histórica

Ajustar texto A+A-

São Paulo, 30 de agosto de 2016 - O Índice de Intenção de Financiamento, um dos indicadores que compõem a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), se manteve praticamente estável em agosto, na comparação com julho, o que demonstra que o conservadorismo das famílias paulistanas em contrair dívidas permanece alto, em meio ao cenário de crédito caro e desemprego elevado. O Índice de Intenção de Financiamento apresentou alta de 3,5% em agosto na comparação com o mês anterior e atingiu 15,3 pontos. Porém, em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o indicador registrou 17,3 pontos, houve recuo de 11,7%. Essa diferença anual evidencia que nos momentos de crise a demanda de crédito cresce para compor orçamento, mas o avanço é limitado pelas novas restrições da oferta. Atualmente, apenas 7,3% dos consumidores paulistanos estão dispostos a tomar crédito, muito abaixo dos 10,2% da média histórica.

A pesquisa é elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, apresentou alta de 5,8% em agosto na comparação com julho e atingiu 84,3 pontos. No comparativo anual o indicador mostrou elevação ainda maior de 8%. Entre os endividados, o índice teve crescimento mensal de 5,4%, enquanto, entre os não endividados, o aumento foi de 6,6%.

prie_agosto_2016

De acordo com a FecomercioSP, o cenário de idas e vindas dos indicadores de segurança nos últimos meses deu lugar a um ambiente mais positivo, com melhoria de todos os indicadores apurados pela Entidade. Mas esse quadro está ainda sujeito à transitoriedade da situação política e ao problema do mercado de trabalho, que não foi resolvido. Sobre o risco de crédito, a Federação alerta para a possibilidade de inadimplência caso, conforme a Entidade projeta, o desemprego suba ainda mais neste ano.

Aplicações
A poupança continua sendo a aplicação preferida dos paulistanos. Em agosto, 64,3% das famílias afirmaram que a poupança foi o principal destino dos seus recursos. Em agosto de 2015 a proporção era maior (69,5%).

Apesar da alta pontual em agosto, a poupança perdeu espaço ao longo dos últimos meses tanto para a renda fixa quanto para a previdência privada, diante de juros nominais de 14,25% e do envelhecimento da população.

A proporção de investidores cuja principal aplicação é a renda fixa atingiu 17,7% em agosto, ante 19,4% no mesmo mês de 2015. No caso da previdência privada, a parcela passou de 5,1% para 11,7% no mesmo período. Segundo a FecomercioSP, os juros altos dos últimos meses fizeram com que uma parte dos poupadores optasse por aplicações mais rentáveis e tão seguras quanto a poupança - renda fixa, por exemplo.

De acordo com a Entidade, no futuro próximo, a tendência é que os juros básicos sejam reduzidos e com isso há a possibilidade dos que mantiverem dinheiro guardado voltarem a apostar na segurança da Caderneta de Poupança, mas também podem olhar para opções como a Bolsa, por exemplo, principalmente vendo o desempenho atual das aplicações do Ibovespa. A Federação ressalta, porém, que muitos aplicadores tendem a ser bastante resistentes para mudar de aplicação no curto prazo, o que deve manter o atual quadro com alterações pequenas no curtíssimo prazo.

Sobre a PRIE
A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) - apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) - tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, o que gera um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.

Fechar (X)