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Editorial

“Jardim de Inverno” é um drama humano e atemporal, destaca diretor

O espetáculo, adaptado de um romance da década de 1960, aborda temas como feminismo, patriarcado e frustrações pessoais

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“Jardim de Inverno” é um drama humano e atemporal, destaca diretor

A atemporalidade presente em "Jardim de Inverno" reforça como o papel da mulher e da família vem sendo repensado 
(Arte:TUTU)


Projetos de vida sonhados, desejados e acalentados é um dos temas que cercam a vida do casal de classe média April (Andréia Horta) e Frank Wheeler (Fabrício Pietro), protagonistas da peça Jardim de inverno, em cartaz até o dia 17 de novembro no Teatro Raul Cortez.

A trama, ambientada em uma pequena cidade dos Estados Unidos nos anos de 1950, parte de uma ideia de April de se mudar com a família para Paris. A dona de casa, que tem o sonho frustrado de se tornar atriz, espera conseguir fazer renascer o relacionamento com o marido e, enfim, alcançar seu desejo de liberdade. No começo, Frank até se sente entusiasmado com a ideia da esposa, mas, aos poucos, começa a sabotá-la, argumentando que a felicidade pode ser alcançada na estabilidade e na vida concreta que eles têm. Com isso, o casal entra em um impasse, que envolve abrir mão de seus verdadeiros objetivos e cair no conformismo.

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A peça, baseada no romance Revolutionary Road (1961), do escritor americano Richard Yates (1926-1992), traz assuntos com um viés mais contemporâneo, por tratar de temas como a figura da mulher dentro da sociedade e o papel da família. “A obra original, apesar de escrita em 1961 e se passar em 1955, nos apresenta um drama extremamente humano e atemporal, por meio de personagens consistentes e bem escritos”, afirma o diretor, Marco Antônio Pâmio.

“Jardim de inverno traz uma problematização sobre o relacionamento de April e Frank. No cotidiano, suas vidas ‘reais’ se baseiam na falta de comunicação em casa, gerando frustrações no relacionamento. Já para os vizinhos, eles são pessoas contagiantes e interessantes”, revela.

Pâmio afirma que o teatro é o principal elemento inspirador para essa história, já que enxergamos o casal da mesma maneira que os personagens que convivem com eles – mas há o rompimento disso quando ambos estão entre quatro paredes, com a quebra da ilusão da “família perfeita”.

O diretor também comenta sobre a forma como os papéis da mulher e da família vêm sendo repensados, reforçando a atemporalidade presente na peça. “A década de 1960 veio no rastro de um pré-feminismo que, na atualidade, podemos chamar até de ‘pós-feminismo’”.

Jardim de inverno fica em cartaz no Teatro Raul Cortez de sexta a domingo até o dia 17 de novembro. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, localizado na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), de terça a sábado, a partir das 15h, ou pelo site do Sympla.

Serviço:
Jardim de inverno
Local: Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo
De 11 de outubro a 17 de novembro de 2019
Sextas, às 21h30, sábados, às 21h; e domingos, às 20h.
*Sessão extra no dia 14/11 (quinta-feira), às 21h30.
Tel.: (11) 3254-1633
E-mail para contato: teatro.raulcortez@fecomercio.com.br

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