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Sustentabilidade

Mudanças no clima provocam crise hídrica nas cidades

Assunto foi abordado por especialistas durante conferência do programa BIOTA-FAPESP

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Mudanças no clima provocam crise hídrica nas cidades

Eventos climáticos extremos, como fortes tempestades, estiagens prolongadas e ondas de frio e calor muito intensas, devem se tornar mais frequentes à medida que a temperatura do planeta sobe. Este fenômeno poderá impactar a disponibilidade dos recursos hídricos disponíveis nos grandes centros urbanos brasileiros.

A constatação foi feita pelo pesquisador Humberto Ribeiro da Rocha, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), durante palestra apresentada no terceiro encontro do Ciclo de Conferências 2014 do programa BIOTA-FAPESP Educação, realizado em abril, em São Paulo.

Segundo Rocha, a oferta de água no Brasil é – na média – muito maior do que a demanda. Com uma vazão de 5.660 quilômetros cúbicos de água por ano (km³/a), os rios brasileiros concentram cerca de 12% da disponibilidade hídrica mundial. A população consome em torno de 74 km³/a – menos de 2% da quantidade ofertada. No entanto, como os recursos hídricos estão desigualmente distribuídos, há regiões com problemas de desabastecimento.

Enquanto nas regiões do Nordeste e no Norte de Minas Gerais a falta de chuva é a principal causa da do stress hídrico, nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Goiânia o problema é o adensamento populacional.

Para o pesquisador, atualmente existe uma grande dificuldade de consolidar sistemas de abastecimento que acompanhem o crescimento populacional e a demanda dos setores industrial e agrícola. Todos trabalham no limite e, quando há um evento climático extremo como a estiagem que afetou São Paulo no último verão, o abastecimento entra em crise.

Por mais que em escala global seja estimado um aumento de 10% no volume de chuvas com o aquecimento global, resultante principalmente da maior evaporação do oceano, determinadas regiões poderão sofrer com estiagem.

Rocha ainda afirmou que a redistribuição de calor no oceano pode formar piscinas quentes e frias – o que distorce o regime de chuvas no continente. Pode passar a chover mais em certas regiões e menos em outras.

Fonte: Pensamento Verde

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