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Economia

Pacificação do ambiente político incentiva mercado

Para investidores, melhor momento para compra de ações e venda de dólares pode ter ficado para trás

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Pacificação do ambiente político incentiva mercado

Ainda existe tendência de valorização do mercado acionário e também da moeda nacional
(Arte/TUTU)

Passado o primeiro ato do impeachment, a situação política começa a clarear. Menos pela admissão do processo, mais pelo fato de que empresários e consumidores passam a analisar um cenário pouco mais sólido, com menos incertezas. O pior dos mundos, para os negócios, é a incerteza quase que absoluta. Era esse o quadro que o Brasil vivia.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, agora as contas vão começar a ser refeitas, ainda com base apenas em expectativas, mas diante de cenário levemente mais claro. Nos próximos dias outras definições devem vir e ajudar a completar o  quebra-cabeça de questões cruciais como quem será o condutor da política econômica, quais suas orientações, quem vai conduzir a Justiça (a insegurança jurídica tem que ser reduzida se o País quiser realmente entusiasmar investidores) e quais serão os próximos passos do governo.

Para os mercados, a sinalização de novos ares tende a ser positiva. É fato que as ações já subiram muito de preço, e que, no curto prazo podem até cair um pouco para que haja realização de lucro. Também o dólar caiu de mais de R$ 4,10 para R$ 3,50, nesse mesmo período diante da expectativa de mudanças políticas que, no fundo significavam (na leitura de investidores e agentes econômicos) melhores práticas de negócios.

Portanto, o melhor momento para compra de ações e venda de dólares pode ter ficado para trás, mas, de forma geral, acertar com exatidão esse momento é muito difícil. De uma forma ou de outra, ainda existe uma tendência de valorização do mercado acionário (muitas empresas estão baratas) e de valorização também da moeda nacional. Claro, isso não vai ocorrer de forma linear sem solavancos, mas a tendência posta hoje é essa.

A Entidade acredita que a entrada de dólares de investidores deve movimentar o mercado cambial, reduzindo o preço das moedas estrangeiras e aumentando a busca por ativos. Está chegando o momento de adquirir ativos reais e financeiros no Brasil.

O que ocorrerá nos próximos meses, se nada interferir de forma muito brusca, é semelhante ao que ocorreu e ainda vem ocorrendo na Argentina. A recuperação da confiança dos agentes é mais rápida do que se imagina e a busca por oportunidades atrai muito dinheiro. É provável que o Ibovespa feche o ano acima do patamar de 55 mil pontos, ou mais de 10% de alta a partir do momento atual. Também deve haver gradativamente uma retomada do mercado imobiliário e até do consumo. Isso não ocorrerá de imediato, mas será gestado nos próximos meses porque há etapas a vencer para uma definição mais clara e estável do cenário nacional.

Para quem é conservador, a renda fixa ainda vale a aposta, até porque a inflação deve cair nos próximos meses, finalmente após muito tempo em patamares bastante elevados. Quem quiser apostar um pouco em ações e ativos reais, parece um bom momento, pois a tendência é de que o Brasil rapidamente volte ao radar de investidores e compradores internacionais, que vão disputar as oportunidades, elevando os preços.

A FecomercioSP frisa a importância do investidor decidir de cabeça fria e monitorar suas opções de perto, para que possa fazer mudanças de curso quando houver alteração das condições, ou quando aparecerem oportunidades melhores. Qualquer estratégia de investimento depende muito da disciplina e dedicação do investidor. É muito mais do que sorte.

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