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Economia

Paulistanos que se locomoverem de bicicleta terão incentivo em forma de créditos

Benefício está previsto na Lei Municipal nº 16.547, de 21 de setembro de 2016, que institui o Programa Bike SP, mas ainda depende de regulamentação

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Paulistanos que se locomoverem de bicicleta terão incentivo em forma de créditos

O incentivo será convertido em bens ou serviços por meio de uma plataforma que ainda será disponibilizada pela Prefeitura
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis 

A Prefeitura de São Paulo irá recompensar financeiramente os paulistanos que forem cadastrados no sistema do Bilhete Único e que optarem pela bicicleta para se locomoverem.  O benefício deve estar disponível dentro de 90 dias, prazo que a administração pública municipal tem para regulamentar o Programa Bike SP, instituído pela Lei nº 16.547/2016. 

Conforme publicado no dia 22 deste mês, no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, o programa será coordenado pela Secretaria Municipal de Transportes, com apoio da Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. 

O incentivo será convertido em bens ou serviços por meio de uma plataforma que ainda será disponibilizada pela Prefeitura. Há previsão de que os créditos sejam utilizados em forma de descontos no transporte público ou que possam ser resgatados periodicamente, assim como ocorre com a Nota Fiscal Paulista. 

O valor do benefício será calculado a partir da exigência de uma distância mínima percorrida e por viagens, o que também ainda será estipulado com a regulamentação do Programa Bike SP. 

Medida exige plano macro 

Na opinião do presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Jorge Duarte, o sistema é positivo para a cidade, desde que faça parte de um plano maior que também garanta a segurança dos ciclistas. 

“É preciso manutenção das ciclovias e ciclofaixas com devida sinalização, além da ampliação de Paraciclos e vagas em estacionamentos para comportar o crescimento que a medida gerará.” 

Segundo Duarte, embora a cidade ainda seja pouco amigável para o ciclista, principalmente para transitar em longos trechos, é preciso que se experimente outras formas de racionalizar o transporte com o uso de outros modais. 

Impactos 

Para o presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da Federação, em curto prazo, serão poucos os impactos à mobilidade urbana da cidade. “Em longo prazo, poderá ter algum impacto mais expressivo, o que vai depender que outras alternativas tecnológicas surjam para trazer maior agilidade à mobilidade”, afirma. 

Duarte considera que há necessidade de um metrô que atinja efetivamente todas as regiões da Capital e que o fomento ao uso de bicicletas não muda essa realidade. “Se não acontecerem novas medidas, teremos, a cada nova bicicleta na rua, um novo carro.” 

Já para os negócios, Duarte acredita que, como o aumento do uso de bikes é uma realidade e a tendência é que ele cresça ainda mais, as empresas que oferecem produtos e serviços para quem usa esse modal irão se beneficiar com alta em suas demandas. “A gama de produtos é grande e os novos empreendedores devem ficar atentos a esse mercado.”

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