Sustentabilidade
27/05/2014Pequenas empresas encabeçam turismo sustentável em Fernando de Noronha
Finalista do Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade, pousadas de Fernando de Noronha reduzem gastos com insumos

O turismo é a principal atividade econômica do Arquipélago de Fernando de Noronha, no Estado de Pernambuco, responsável por mais de 40% da renda da população local. O desafio é conciliar a preservação dos recursos naturais com o grande afluxo de visitantes, que chega a ser o dobro do número de moradores em algumas épocas do ano. Visando diminuir os impactos ambientais, como o aumento do volume de resíduos sólidos e de esgotos, o Sebrae-PE criou o projeto de Consultorias Integradas para o Turismo Sustentável em Fernando de Noronha. O programa é finalista do Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade, na categoria Entidade.
O objetivo é levar às micro e pequenas empresas da região material teórico e prático sobre gestão ambiental, manutenção e eficiência energética. O consultor Maurício Corrêa, do Sebrae-PE, explica que a intenção é que as pequenas empresas assumam posição protagonista no desenvolvimento sustentável do arquipélago. “Por serem maioria, as pequenas têm a possibilidade de atuar como indutoras da sustentabilidade. Juntas elas podem impactar positivamente em larga escala”, afirma.
O projeto de consultoria integrada começou por oito pousadas entre janeiro e setembro de 2013. Os principais resultados foram redução dos desperdícios de matérias-primas e insumos; redução do consumo de energia elétrica; aumento da vida útil e da eficiência dos equipamentos e maquinário; redução da geração de resíduos sólidos; aumento do reúso e da reciclagem; e parceria com fornecedores mais comprometidos ambientalmente. Os ganhos passaram também pelo maior envolvimento da comunidade nas ações voltadas a sustentabilidade e atendimento à legislação vigente, além de uma expressiva redução do consumo de água.
Os resultados ganham ainda mais relevância diante das limitações enfrentadas por Fernando de Noronha. Quase todo o lixo gerado no local precisa retornar ao continente de navio, assim como precisa vir de lá a maioria dos insumos, incluindo a água potável. Parte da água consumida no arquipélago é obtida por meio de dessalinizadores, um processo de alto custo, característica que também impacta a geração de energia, obtida a partir da queima de diesel. O plano agora é estender a consultoria integrada às demais pousadas e microempresas da ilha.
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