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Economia

Presidente do BC diz na FecomercioSP que ciclo de queda de juros pode ser intensificado

Ilan Goldfajn também defendeu que governo promova reformas microeconômicas para melhorar o ambiente de negócios

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Presidente do BC diz na FecomercioSP que ciclo de queda de juros pode ser intensificado

Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn foi um dos palestrantes do evento realizado na FecomercioSP
(Foto/TUTU)

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recebeu nesta terça-feira (13) o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que palestrou durante o evento “Estratégias para o crescimento: a mudança do papel do Estado”, uma iniciativa da Federação em parceria com a Columbia Global Centers | Rio de Janeiro, braço da universidade norte-americana de Columbia, a Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV), e o UM BRASIL.

Em sua fala, feita pouco após a aprovação em segundo turno no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um limite para os gastos públicos por 20 anos, Goldfajn elogiou a aprovação da matéria dizendo que, sozinha, a política monetária não poderá promover a recuperação da economia brasileira.

Segundo ele, além da aprovação do teto dos gastos e da trajetória de queda da inflação, o País precisa realizar reformas microeconômicas, que dizem respeito à melhoria do ambiente de negócios, e a da Previdência.

“A primeira PEC relevante do governo passou. A segunda, a da Previdência, precisa ocorrer, pois se não lidarmos com ela, ela vai lidar com a gente. A Previdência vai ocupar todos os gastos. A PEC dos gastos é boa porque vai nos fazer tomar escolhas [orçamentárias]”, afirmou Goldfajn.

O presidente do Banco Central também disse que, com o arrefecimento da inflação nos últimos meses, aliada às medidas fiscais de redução de gastos implementadas pelo governo, o ciclo de queda da taxa de juros pode ser acentuado. “Agora há espaço para uma queda de juros mais sustentável do que foi no passado. O que foi aprovado hoje é certamente um passo relevante para termos um juro estrutural menor.”

Goldfajn, ainda, apresentou um histórico da crise econômica brasileira, ressaltando que o País perdeu oportunidades durante o boom econômico na década passada e fez escolhas erradas para impulsionar o crescimento, como política de crédito subsidiado e intervenção nos preços, o que reduziu os investimentos e gerou uma inflação reprimida.

Por fim, o presidente do Banco Central ressaltou que o País ainda está lutando contra a crise e, que, por isso, o controle da inflação segue vigilante. “A política monetária sozinha não vai conseguir promover a recuperação. São necessárias as reformas fiscais, microeconômicas e previdenciária para sairmos da recessão de forma sustentada”, afirmou Goldfajn.

A mudança do papel do Estado
Com participação da FecomercioSP e do UM BRASIL, o evento teve o objetivo de discutir estratégias para o desenvolvimento do País de forma a garantir o crescimento sustentável no longo prazo.

Em sua fala de abertura, o presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, disse que o Brasil precisa fazer uma “autoavaliação crítica” sobre o tamanho de seu Estado e de suas políticas públicas, além de citar o UM BRASIL, projeto de entrevistas e debates organizado pela Federação. “A criação do UM BRASIL passa pela ideia de dar vozes aqueles que se dedicam a pensar um País mais forte e eficiente”, disse Szajman.

O evento também contou com a participação de especialistas e do diretor da Columbia Gobal Center Rio de Janeiro, Thomas Trebat, além de outras autoridades.

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