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Imprensa

Proporção de empresários com estoques acima do adequado atinge 37% em outubro, alta de 1,1 ponto porcentual em relação ao mês anterior

Segundo FecomercioSP, parte dos comerciantes acreditava que a retomada das vendas seria rápida, aumentaram os pedidos e agora contabilizam estoques elevados

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São Paulo, 21 de outubro de 2016 - Em outubro, o Índice de Estoques (IE) alcançou os 99,4 pontos, leve alta de 0,3% em relação a setembro. A elevação, porém, não deve ser comemorada já que resulta da alta de 1,1 ponto porcentual (p.p.) na proporção de empresários com estoques acima do adequado que passou de 35,9% em setembro para 37% no mês atual, além da queda relevante da proporção de empresários com estoques baixos (-1,0 p.p.), saindo dos 14,3% para 13,3%. De forma geral o indicador não mudou de patamar, porque subiram os estoques altos e caíram os baixos, ou seja, mais lojistas estão com prateleiras cheias. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve crescimento de 8,1% no IE (quando o índice registrou 91,9 pontos). 

Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação. 

A parcela de empresários que consideram seus estoques adequados registrou leve crescimento de 0,4 p.p. na comparação mensal, passando dos 49,2% para 49,6%. Em relação a outubro de 2015, o aumento foi de 3,8 p.p., quando essa parcela era de 45,8%.

tabela_ie_outubro_2016De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, as expectativas para 2016, que eram de fato negativas, melhoraram mesmo quando após quatro meses de aumento do indicador  houve uma queda em setembro e apenas uma modesta e ligeira alta em outubro. Esses indicadores, combinados com o aumento da confiança de empresários e consumidores indicam que o País está construindo o caminho para a recuperação em 2017. O quadro tende a melhorar, segundo a Entidade, na medida em que as políticas de equilíbrio macroeconômico forem implementadas, ainda que se tenha um período demorado até que tudo se normalize e que os empresários do varejo consigam efetivamente ajustar os seus estoques a patamares mais confortáveis. 

A FecomercioSP acredita que o Natal pode servir para fazer boa parte desse ajuste de estoques, desde que não haja euforia com as perspectivas de melhoria nas vendas. Provavelmente, na visão da Federação, o Natal será melhor do que o do ano passado, porém os empresários devem usar essa perspectiva com tranquilidade, sob risco de terem produtos de sobra para as liquidações de janeiro. 

O indicador de estoques ainda está ruim, diante dos seus patamares anteriores a 2015 e do que se considera razoável (pelo menos 60% dos empresários com estoques adequados) para o bom andamento da economia. Mas, a FecomercioSP pondera que muitos sinais estão sendo dados no sentido de que o País começa a se recuperar. Nesse aspecto, os indicadores antecedentes da Federação têm sido primordiais na identificação dessas mudanças de ventos da economia. A Entidade observou com grande antecedência a piora do humor e dos indicadores de consumo, e agora pondera que com bom gerenciamento de pedidos e acompanhamento das vendas, os empresários podem aproveitar o Natal para ajustar seus estoques. 

Nota metodológica
O Índice de Estoques é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com informações de cerca de 600 empresários do comércio nos municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para "acima" - quando há a sensação de excesso de mercadorias - e para "abaixo", em casos de os empresários avaliarem a falta de itens disponíveis para suprir a demanda a curto prazo.

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