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Economia

Recursos das contas inativas do FGTS podem representar acréscimo de até 2,5% no faturamento do varejo paulista, aponta FecomercioSP

Segundo estimativa inédita da Entidade, o Estado de São Paulo concentra cerca de 33% do montante disponível para saque, que representa R$ 14,7 bilhões

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Recursos das contas inativas do FGTS podem representar acréscimo de até 2,5% no faturamento do varejo paulista, aponta FecomercioSP

A Federação pondera que o volume de dinheiro a ser sacado das contas inativas do FGTS vai ajudar no processo de retomada da economia
(Arte TUTU)

Os recursos oriundos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), liberados pelo governo no início deste ano, poderão acrescentar até 2,5% ao faturamento do comércio varejista do Estado de São Paulo, em 2017. É o que aponta a projeção inédita realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

Ao avaliar a participação de cada estado no total de rendimentos e remunerações pagas no Brasil, verifica-se que o Estado de São Paulo é responsável por 32,7% do total. Com a premissa de que a distribuição dos recursos das contas inativas do FGTS siga esse padrão, dos R$ 45 bilhões disponibilizados para saque estima-se que R$ 14,7 bilhões serão injetados na economia paulista. 

Considerando que o varejo paulista faturou pouco mais de R$ 585 bilhões em 2016, esse montante poderia alavancar em até 2,5% as vendas do setor este ano. Entre as 16 regiões analisadas, o varejo da Capital tem o maior efeito potencial do saque do FGTS sobre as vendas que é de até 3,7%. Na sequência vem as regiões do ABCD (2,7%), Campinas (2,6%) e Araraquara (2,2%). 

Em contrapartida, o varejo das regiões de Marília (1,4%), Presidente Prudente (1,5%) e Araçatuba (1,6%) apresentam os menores potenciais de crescimento a partir da injeção dos recursos na economia da região. Segundo a FecomercioSP, a distribuição dos recursos não é linear e depende tanto do tamanho do varejo em cada região quanto da média de salários e da proporção da população ocupada ao longo dos anos. De forma geral, os efeitos do FGTS sobre o desempenho anual do varejo anual rondam a casa dos 2%. 

De acordo com a assessoria técnica da FecomercioSP, ainda que nem todo o dinheiro seja destinado para o consumo, o varejo pode se beneficiar no médio e longo prazo já que se o consumidor optar por quitar dívidas ou aplicar, tais recursos entrarão no mercado financeiro elevando a capacidade bancária de conceder empréstimos. Além disso, os consumidores endividados ou inadimplentes poderão reequilibrar seu orçamento doméstico, limpar o nome e se tornar novamente elegível a novos crediários, em condições mais vantajosas. 

Em suma, a Federação pondera que o volume de dinheiro a ser sacado das contas inativas do FGTS vai ajudar no processo de retomada da economia. 

Capital

A entidade estima que os trabalhadores da cidade de São Paulo receberão 46% dos recursos oriundos das contas inativas do FGTS do Estado, que representam R$ 6,8 bilhões. Por conta disso, se todos os valores sacados forem gastos no varejo, o setor pode aumentar suas vendas em 3,7%.

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