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Economia

Safra agrícola recorde contribui para a queda da inflação

Produção de alimentos deve crescer 30% neste ano, ampliando a oferta no mercado interno

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Safra agrícola recorde contribui para a queda da inflação

Produção agrícola de 2017 deve contar com aumento de 56 milhões de toneladas
(ARTE/TUTU)

O clima durante 2016 foi consideravelmente estável, ou seja, com chuvas e estiagem nos períodos previstos. As condições climáticas proporcionaram uma safra agrícola recorde para este ano, com destaque para os grãos.

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de 2017 deve ter um crescimento de 30% em relação à colhida no ano passado, o que significa um aumento de pouco mais de 56 milhões de toneladas.

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O maior volume de produção vem da Região Centro-Oeste, responsável por mais de 40% da safra agrícola nacional. Neste ano, destaca-se a Região Nordeste, cuja produção deve quase dobrar em relação ao ano passado, com alta de 87,1%.

safra_agricola_2017

Os alimentos que mais contribuíram para o bom desempenho da produção agrícola em 2017 foram o arroz com alta de 16%, a soja com quase 20% de crescimento, as três safras do feijão com aumento de 29% e as duas safras do milho com elevação de 55%.

O aumento da oferta de alimentos também contribuiu para conter a inflação. Em alguns meses de 2016, a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, chegou a passar de 10% no acumulado em 12 meses. Como comparativo, em setembro deste ano, o indicador acumulou alta de 2,5%, bem abaixo de patamares vistos em 2016.

Além disso, o grupo de Alimentos e bebidas, especificamente, registrou em agosto do ano passado elevação de quase 14%. Na divulgação mais recente, a variação foi negativa em 2,1%. O gráfico a seguir mostra claramente a queda acentuada dos preços dos alimentos:

ipca_alimentos_

Observando a variação dos itens que compõem o IPCA, 65% dos subgrupos que fazem parte do conjunto Alimentos e bebidas registraram variação negativa no acumulado em 12 meses em setembro, como cereais, leguminosas e oleaginosas (-29,4%), tubérculos, raízes e legumes (-21,2) e frutas (-11%).

Dessa forma, percebe-se que não foi somente o trabalho da equipe econômica do governo e a recessão que derrubaram a inflação. Também houve influência do aumento da quantidade ofertada de alimentos no mercado interno, ocasionada pelas condições climáticas favoráveis.

Também é relevante notar que o grupo Alimentos e bebidas é responsável por 25% do IPCA. Portanto, a deflação desses produtos foi fundamental para que houvesse um alívio no orçamento das famílias, aumentando o poder de compra. Esse movimento está sendo visto no comércio com seguidos aumentos nas vendas.

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