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Negócios

São Paulo pode perder R$ 185 milhões se a Fórmula 1 deixar a cidade

Cálculo feito pela FecomercioSP leva em consideração os gastos com hospedagem, alimentação, compras e transporte

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São Paulo pode perder R$ 185 milhões se a Fórmula 1 deixar a cidade

O governo do Estado classifica a Fórmula 1 como o maior evento internacional e econômico para o turismo da capital paulista, tendo movimentado R$ 334 milhões em 2018
(Arte: TUTU)

O contrato entre a empresa responsável pela realização das corridas de Fórmula 1 com a prefeitura de São Paulo acaba em 2020. Isso está gerando um embate político entre Estados, que veem no evento uma grande oportunidade de melhorar o ambiente de negócios por meio do turismo.

Diante da possibilidade de a cidade de São Paulo deixar de sediar este evento, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) projetou as possíveis perdas na economia do turismo na capital.

A Federação estima que o prejuízo será de R$185 milhões no período de realização da competição, que acontece entre sexta-feira e domingo, com a ausência dos 115 mil turistas que vêm à cidade especificamente para assistir à corrida. No cálculo, a Entidade levou em consideração os gastos com hospedagem, alimentação, compras e transporte, excluindo as despesas com ingressos e passagens aéreas.

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A FecomercioSP ressalta que o valor pode ser ainda maior, uma vez que essa perda está relacionada somente às despesas de turistas, sem serem incluídos na conta os prejuízos gerados aos postos de trabalho diretos e indiretos, às empresas de construção, às empresas de catering (preparação de buffets e transporte de alimentos), entre outros setores que possibilitam que o evento aconteça.

Entenda o impacto para a economia da cidade

O governo do Estado classifica a Fórmula 1 como o maior evento internacional e econômico para o turismo da capital paulista, tendo movimentado R$ 334 milhões em 2018, 20% a mais que em 2017. Foram 150.307 mil espectadores no ano passado – quase 80% de fora da cidade –, ao passo que o setor hoteleiro teve lotação entre 85% e 100%, avalia o órgão.

Segundo dados do Observatório do Turismo da SPTuris – empresa de turismo da prefeitura –, a ocupação na hotelaria em São Paulo nos finais de semana de novembro foi a maior registrada no ano de 2018. O preço médio da diária foi de R$ 295,68 em novembro passado, enquanto a média dos doze meses de 2018 foi de R$ 277,74.

Outro ponto importante é a estrutura logística da capital paulista, que há décadas está preparada e adequada para sediar essa competição. O arranjo no Estado também é apropriado às exigências que a competição exige, aponta a FecomercioSP: são dois aeroportos de grande porte (Guarulhos e Campinas) para receber turistas; conexões diretas com quase todas as capitais do País e do continente; tanto o Porto de Santos e o aeroporto de Congonhas estão preparados para receber e movimentar os equipamentos do evento; e as estruturas de hotéis e restaurantes também estão adaptadas à essa demanda.

Sendo assim, a Federação entende que a cidade é a mais preparada para receber a Fórmula 1 no Brasil, ainda mais por conta do compromisso que a prefeitura teve em relação aos investimentos e às adequações ao decorrer dos anos, tanto no autódromo quanto nos arredores. Com isso, diz a Entidade, a perda econômica de R$ 185 milhões tem de ser observada com cautela pelos agentes públicos, sendo essencial que se busque um entendimento entre a prefeitura de São Paulo – com o apoio do governo do Estado – e a empresa responsável pela organização do evento.

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