A poluição do Canal Pinheiros, na capital paulista, poderia estar com os dias contados se o único empecilho para recuperar as águas do rio fosse a falta de tecnologia. Isso porque um programa de testes mostrou que seis soluções tecnológicas desenvolvidas são capazes de resgatar a qualidade do Pinheiros.

O estudo foi apresentado pela Secretaria do Meio Ambiente (SMA) do Estado de São Paulo. Para testar as técnicas, concedidas por empresas privadas, foram utilizados seis canais construídos pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), em parceria com a Usina Elevatória de Traição. A Associação Águas Claras do Rio Pinheiros também colaborou com o estudo.

O projeto examinou métodos de tratar o rio durante um ano, considerando a atuação das técnicas em maior e menor escala, a fim de comprovar a eficácia dos procedimentos. Os dados coletados foram encaminhados a laboratórios creditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

Os resultados mostraram que todas as soluções são capazes de melhorar o oxigênio da água poluída, reduzir os níveis de sulfeto, que causam o odor, além de diminuir os elementos que geram a espuma no rio, os surfactantes. As técnicas também demonstraram bom desempenho no auxílio à redução de resíduos, sendo complementares às operações de dragagem, utilizadas para desobstruir e remover o material do fundo dos rios.

Apesar das soluções serem efetivas, resta que sejam colocadas em prática. Para isso, o relatório foi encaminhado aos responsáveis pelo Plano de Despoluição dos Rios da Região Metropolitana de São Paulo, onde será avaliado sobre a viabilidade econômica.

Fonte: Pensamento Verde