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Economia

Setor de serviços registra 16º mês com resultados negativos

No acumulado de 12 meses até julho, segmento teve o pior desempenho da série histórica

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Setor de serviços registra 16º mês com resultados negativos

No acumulado de 12 meses, a pesquisa ainda aponta para o pior resultado da série histórica, com queda de 4,9%
(Arte TUTU)

O setor de serviços no País registrou nova queda em julho, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior a variação foi negativa em 4,5%.

Esta é a 16ª queda consecutiva do setor e o resultado foi pior do que os -3,4% de junho. Vale lembrar que essa contração se dá sobre outra de -4,2% de julho de 2015, evidenciando a gravidade da crise no setor.

No acumulado de 12 meses, a pesquisa ainda aponta para o pior resultado da série histórica, com queda de 4,9%, a mesma do mês anterior.

Um olhar menos pessimista para os números se dá no acumulado do ano, no qual a perda vem se reduzindo nos últimos meses. De janeiro a maio a retração estava em 5,1%, passou para -4,9% em junho e chega aos -4,8% em julho.

Os dados divulgados seguem a tendência do desempenho do comércio que foi divulgado dias atrás pela mesma instituição. Dos cincos grupos pesquisados, todos tiveram queda na comparação anual. O destaque, em termos de variação e contribuição absoluta, foi o de Transportes, serviços auxiliares de transportes e correios, com -8,7%.

Além disso, houve quase que uma retração generalizada entre os Estados. Somente Roraima registrou crescimento no volume de vendas quando comparado com julho de 2015. Os demais apresentaram variação negativa.

Especificamente o dado de São Paulo seguiu a tendência da média nacional, porém, a perda no volume de vendas foi menor, -2,2%. Há uma redução da retração no setor de serviços paulista, pois em maio a variação foi de -6,1%, com -2,8% em junho e -2,2% nesta última pesquisa.

Sintonia com dados da FecomercioSP

Apesar de ser referente à cidade de São Paulo e ter metodologia diferente, a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) registrou queda de 3% no faturamento real de junho na comparação anual, também obtendo uma variação menor que nos dois meses anteriores.

A título de comparação setorial, o ciclo de queda (variação anual) começou, no varejo ampliado, há cerca de dois anos, enquanto na PMS o volume de serviços iniciou a trajetória de números negativos um pouco depois, em janeiro de 2015. E a indústria (produção física) veio antes dos dois, no início de 2014.

Vale ressaltar que o comércio, por exemplo, continuou registrando desempenho positivo mesmo com a retração na indústria por conta, principalmente, de estoques remanescentes. Portanto, é também importante monitorar o dado industrial porque caso haja elevações contínuas será um sinal que os demais setores podem estar aumentando a demanda, ou por um aumento nas vendas ou por uma expectativa positiva da economia.

Enfim, a queda superior à vista em junho surpreende negativamente, da mesma forma como o dado da Pesquisa Mensal do Comércio referente ao mesmo mês.

São dois setores que dependem da recuperação da renda e do emprego para voltarem a crescer. A expectativa é que para este segundo semestre haja pelo menos uma desaceleração da queda, até porque a base de comparação contribuiu por ser baixa.

Mas a projeção de redução de perda se dá por conta dos indicadores antecedentes da FecomercioSP, como os índices de Confiança e Intenção de Consumo que estão se elevando nos últimos meses.

Contudo, a Entidade avalia que só em 2017 - pressupondo a aprovação do teto da meta dos gastos este ano, convergência da inflação à meta e início do ciclo de queda de juros -, os números possam vir positivos com a economia mais equilibrada, com aumento dos investimentos e geração de emprego e renda, variáveis fundamentais para a recuperação, no caso, do setor de serviços.

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