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Imprensa

Setor de turismo paulista volta a eliminar empregos formais em maio, após dois meses de saldo positivo

Segundo a FecomercioSP, no mês, setor fechou 172 vagas formais no Estado de São Paulo

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São Paulo, 3 de agosto de 2018 – O mercado de trabalho existente por causa da demanda de turistas, seja a lazer, seja a negócios, eliminou 172 empregos com carteira assinada em maio, após dois meses de saldo positivo. Assim, o setor de turismo paulista encerrou o mês com um estoque ativo de 275.940 trabalhadores formais, praticamente estável (0,1%) em relação a maio de 2017. No acumulado de 12 meses, 385 novos vínculos foram gerados.

Os dados são da Pesquisa de Emprego do Setor de Turismo no Estado de São Paulo (PESP Turismo), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Das sete atividades analisadas pela pesquisa, quatro sofreram queda no número total de empregos com carteira assinada, na comparação com maio de 2017. As maiores baixas ficaram por conta dos grupos de transportes e de comércio direcionado (ambos com -0,6%), que fecharam 606 e 22 vagas, respectivamente, seguidos pelo grupo de cultura e lazer (-0,4%), que fechou 19 postos de trabalho.

Por outro lado, as maiores variações positivas no comparativo anual foram registradas nos segmentos de eventos (2,6%), que abriu 443 vagas celetistas, e de agências e operadoras (1,9%), com 476 novos vínculos.

Para a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, "a oscilação entre saldos positivos e negativos que ocorreu no primeiro semestre tende a continuar até o fim do ano. Considerando que as incertezas da economia e da política impactam todos os setores, não seria diferente com o turismo, porém, a atividade depende não apenas das ações de seus empresários, que esperam um cenário menos inseguro para agir, mas também (e muito) da disposição das famílias em fazer gastos com viagens, um gasto considerado supérfluo na crise".

Mariana ressalta ainda que o Estado de São Paulo pode ser considerado um termômetro para o que acontecerá nas demais regiões do País. Se há uma dificuldade de recuperação no emprego do Turismo no Estado, que também é o maior emissor de turistas, isso tende a refletir em menos viagens a outras cidades que tem como predominância econômica o setor de serviços e a atividade turística.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, deve-se também considerar os efeitos negativos da paralisação dos caminhoneiros sobre o setor, em especial sobre o segmento de alimentação, que sofreu com o desabastecimento e a redução de fluxo de pessoas. Segundo a Entidade, essas sequelas devem afetar os resultados de junho também, e, para os próximos meses, não há expectativa de grandes variações.

Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Setor de Turismo do Estado de São Paulo é elaborada a partir de informações da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Nela são contempladas 85 atividades de acordo com os respectivos CNAES (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) de subclasse 2.0, divididos em atividades predominantemente turísticas e não predominantemente turísticas.

Para atingir o objetivo de mensurar o mercado de trabalho existente unicamente devido a demanda de viajantes, de lazer ou trabalho, nas atividades não predominantemente turísticas, foram identificados quais dos 645 municípios do Estado de São Paulo possuem mercado de trabalho com média superior de vínculos em comparação a base de referência estadual. Para isso se utilizou o tradicional medidor de vocação locacional, o Quociente Locacional (QL). Como aplicação dele, se permite através de percentuais estimados do estoque ativo de vínculos formais atingir uma projeção do tamanho do mercado de trabalho do setor de turismo da economia paulista.

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