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Economia

Trapalhadas de Trump devem provocar desvalorização do dólar

Análise da Carta de Conjuntura de maio destaca oportunidades para o Brasil em meio à instabilidade internacional provocada pelos EUA

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Trapalhadas de Trump devem provocar desvalorização do dólar
Especialistas da FecomercioSP avaliam os efeitos globais das políticas econômicas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos (Arte: TUTU)

A mais recente edição da Carta de Conjuntura do Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política (CSESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) traz uma avaliação contundente sobre os efeitos globais das políticas econômicas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com o documento, a chamada guerra comercial desencadeada pelos EUA deve provocar a desvalorização do dólar — uma tendência que pode abrir oportunidades importantes para o Brasil e outras economias emergentes.

O estudo alerta que, diante de uma iminente crise fiscal nos EUA — intensificada pelos cortes de impostos sem medidas compensatórias —, haverá pressão inflacionária e aumento dos juros básicos, com impacto direto no câmbio. A Casa Branca, ao não sinalizar disposição para um ajuste nas contas públicas, deverá enfrentar dificuldades para financiar seu déficit de maneira sustentável.

Além dos reflexos internos, o cenário internacional também se mostra desafiador. As incertezas geradas pelas políticas americanas afetam os mercados financeiros, os investimentos de longo prazo e o comércio global, onde o dólar ainda reina como moeda principal. Nesse contexto, a desvalorização da moeda americana poderia representar um alívio para o Brasil, ao permitir maior flexibilidade da política monetária e conter pressões inflacionárias.

A publicação também analisa o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre, apontando sinais de aquecimento em diversos setores produtivos. E destaca os riscos no horizonte: estagnação da produtividade, baixo investimento e desaceleração no mercado de trabalho. “A economia brasileira tende a desacelerar, o que deve ajudar a inflação a convergir para a meta de 4,5%. Apesar de bons resultados em março, diversos setores já mostram sinais de enfraquecimento, com exceção do agronegócio, que deverá impulsionar o PIB em 2025. A expectativa é de intensificação dessa desaceleração no segundo semestre, devido à manutenção dos juros altos”, indica Antonio Lanzana, presidente do CSESP.

Leia a nova edição da Carta de Conjuntura na íntegra e confira as indicações dos especialistas da Federação.

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