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Negócios

Turismo de aventura brasileiro atrai mercado corporativo

Setor conta com mais de 2.000 empresas que oferecem opções de roteiro em mais de 200 destinos

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Turismo de aventura brasileiro atrai mercado corporativo

Por Filipe Lopes

Conciliar turismo, aventura e negócios tem sido a opção de um número crescente de empreendedores, motivados pelo interesse do brasileiro por atividades de lazer não muito distantes dos grandes centros e capazes de aliviar o estresse do dia a dia. O setor cresce a uma taxa anual média superior a 10%, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), e reúne mais de 2.000 empresas. Os dados oficiais do Ministério do Turismo apontam que mais de 28 mil profissionais estão envolvidos neste tipo de atividade, que atende 4,3 milhões de turistas e, segundo a Abeta, faturou R$ 1,7 bilhão em 2014 – valor 14% superior ao registrado no ano anterior.

Atividades em grupo que testam conceitos de liderança, espírito de equipe e riscos ganham a adesão dos gestores de recursos humanos, que consideram as atividades ao ar livre, como rafting e trilhas, capazes de liberar mais do que adrenalina. Segundo a Abeta, o Estado de São Paulo concentra 800 empresas que atendem ao setor de ecoturismo e turismo de aventura, representando 40% do total de companhias do País.

Em São Paulo, cidades como Brotas, Socorro, Piracicaba, Juquitiba, Iporanga e Avaré, além das regiões da Serra da Mantiqueira, do Vale do Paraíba, dos litorais norte e sul, da Baixada Santista, do Vale do Ribeira e da Serra de Botucatu, têm atraído um número crescente de turistas nacionais e estrangeiros. “Estima-se que mais de 30 milhões de turistas visitem o Estado de São Paulo todos os anos, sendo que cerca de 2 milhões desses visitantes são estrangeiros”, afirma o vice-presidente da Abeta, Luiz del Vigna. 

Unindo trabalho e lazer
O turismo de aventura, embora seja crescente, também sofre com a crise econômica que assola o País e desestimula o investimento da população em lazer e cultura. Além disso, a cultura de praticar esportes ao ar livre ainda não está completamente enraizada no dia a dia do paulistano. Segundo o fundador e proprietário da Canoar – empresa criada em 1989 e pioneira na prática de rafting no Brasil –, José Roberto Pupo, o setor de aventura teve um boom de procura entre 1995 e 2005. Passado aquele momento, o ritmo de crescimento estabilizou em 20% ao ano. 

Entre os aspectos que inibem a expansão do setor, Pupo aponta a fraca exploração turística dos parques estaduais e nacionais. “Os parques, em sua maioria, são fechados e não pensados para o turismo. Os governantes usam os espaços apenas para a preservação. Até mesmo os biólogos que trabalham nestes lugares os tratam como seus e se limitam a estudá-los e não a socializá-los”, aponta.

Qualidade e produtividade 
Para muitas companhias de ecoturismo e turismo de aventura, o público corporativo é responsável por boa parte da receita. “Oferecemos atividades ao ar livre para as pessoas explorarem características que permanecem ocultas na correria do dia a dia. As atividades são ótimas oportunidades para que os funcionários possam se conhecer e se relacionar melhor”, afirma Pupo. De acordo com ele, o setor corporativo tende a crescer, pois as áreas de RH das empresas buscam desenvolver atividades que melhorem a qualidade de vida dos colaboradores e, consequentemente, sua produtividade.

O problema é que, no período de incertezas que o País atravessa, os setores de RH das empresas tendem a cortar atividades que julgam não serem fundamentais para a produção. “Para sobreviver, temos de fazer mais com menos e cultivar uma equipe enxuta para atender os clientes sem comprometer a segurança das atividades”, acrescenta. 

A matéria completa está disponível na edição 38 da Revista C&S. Clique aqui para acessar. 

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