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Negócios

Turismo fecha primeiro trimestre com faturamento recorde

Montante foi de R$ 55,4 bilhões no período, acumulando alta de quase 6% no ano; carnaval, em março, contribuiu para o resultado

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Turismo fecha primeiro trimestre com faturamento recorde
A principal explicação para esse desempenho é o feriado de carnaval; o setor tem apresentado aceleração mesmo diante do aumento dos juros e da inflação (Arte: TUTU)

O Turismo nacional faturou R$ 55,4 bilhões no primeiro trimestre. O valor superou o melhor resultado da série histórica da pesquisa produzida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recorde anterior era de 2014, quando o setor movimentou R$ 52,5 bilhões.

Os valores, já corrigidos pela inflação, apontam uma alta acumulada de 5,8% no ano. Em março, o setor conquistou R$ 18 bilhões, registrando crescimento de 6,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado — o melhor resultado para março desde 2012.

A principal explicação para esse desempenho é o carnaval. Contudo, vale lembrar que o setor tem apresentado aceleração mesmo diante do aumento dos juros e da inflação. O Turismo não é uma atividade de consumo contínuo, mas de planejamento, e o número crescente de pessoas empregadas formalmente no País está levando a um aumento nas despesas com as desejadas férias. 

Mesmo havendo o encarecimento de alguns destinos, seja pelas passagens aéreas, seja pela hospedagem, muitos buscam alternativas mais acessíveis para aproveitar o período. Com isso, o setor vem conseguindo manter resultados positivos — e deve continuar assim ao longo do ano, consolidando-se como um dos destaques da economia brasileira. 

Avanço em quase todas as frentes

Em março, o segmento de alojamento foi o principal destaque. O faturamento chegou a R$ 2,51 bilhões, um crescimento de 20,2% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado do trimestre, a alta é de 10%. Contudo, o movimento é resultado do aumento nos preços. Embora a taxa de ocupação tenha subido 1,1% (segundo dados do Fórum dos Operados Hoteleiros do Brasil — Fohb), a tarifa média no setor avançou quase 16%.

A segunda maior variação anual foi observada no transporte aquaviário, com alta de 11,5%. Embora esse segmento não tenha grande peso no resultado geral, esse número indica expansão nos traslados de ferry-boat e embarcações similares. O carnaval também pode ter influenciado positivamente esse desempenho. 

Outro segmento de destaque foi o de transporte aéreo de passageiros, com crescimento de 8,7% em comparação com março de 2024, um faturamento de R$ 4,3 bilhões. No acumulado do trimestre, a alta é de 8,5%. Em março, tanto o número de passageiros transportados quanto os passageiros por quilômetro atingiram recordes. Nesse caso, a inflação das passagens (6,21%), segundo o IBGE, não está num ritmo tão acelerado como se viu no passado recente. E de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), outra fonte importante, houve, inclusive, redução da tarifa média real (de R$ 673 para R$ 576). Vale lembrar, no entanto, que faturamento não se trata de resultado financeiro.

O segmento de alimentação, por sua vez, obteve R$ 2,76 bilhões, com alta anual de 6,2%. Além da demanda, os preços dos insumos para as refeições, em alta, impactaram os custos dos cardápios de bares e restaurantes.

Também registraram alta as seguintes atividades: locação de meios de transporte (5,7%); agências de viagens, operadores turísticos e outros serviços de turismo (2,9%); e atividades culturais, recreativas e esportivas (1,3%). A única queda foi observada no transporte rodoviário de passageiros, com recuo anual de 1,5%.  

Bahia lidera altas 

Na análise regional, o Estado da Bahia obteve o melhor desempenho em março. O faturamento do Turismo cresceu 20,4%, impulsionado pelo carnaval. Em seguida, Rio de Janeiro (16,8%) e Ceará (13,9%), também beneficiados pelo período festivo. 

Rio Grande do Norte (13,2%), Santa Catarina (12,1%) e Mato Grosso do Sul (11,7%) também apontaram crescimento, indicando que a boa performance do setor em praticamente todas as regiões do País. 

O Estado de São Paulo, com o maior peso na análise, apontou alta anual de 4,8%, com faturamento de R$ 4,5 bilhões. Já Mato Grosso apresentou queda de 9,7%, seguido por Roraima (-7,1%) e Rio Grande do Sul (-6,3%). 

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