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Negócios

Turismo: infraestrutura restringe entrada maior de estrangeiros no País

Em live do Café Sem Filtro, especialistas falam sobre as medidas que podem aumentar o fluxo de viajantes de outras nacionalidades

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Turismo: infraestrutura restringe entrada maior de estrangeiros no País
Problemas justificam a diferença quantitativa em relação a outros destinos (Imagem: divulgação)

Os mais de 6 milhões de turistas estrangeiros que, neste ano, pisaram em território nacional representam número irrisório em comparação a outros países — e às potencialidades do Brasil. Os esforços para mudar esse cenário, fazer crescer a receita do setor e aumentar o fluxo de estrangeiros passam pela melhora na infraestrutura e na redução da burocracia, que dificultam a experiência dos turistas. 

Esta análise foi apresentada na edição de dezembro do Café Sem Filtro, evento mensal realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no último dia 19. No encontro, especialistas na área disseram que a “marca Brasil”, conhecida pelas belezas naturais e pelo povo hospitaleiro, pode multiplicar a entrada de viajantes de outros países — porém é necessário superar alguns antigos desafios.

“Temos aeroportos defasados e rodovias em péssimas condições. O Poder Público, além de investir, deveria dar oportunidade para que as empresas assumissem esse papel a longo prazo”, disse o economista e coordenador do Conselho de Turismo da Federação, Guilherme Dietze.

Isso justifica a diferença quantitativa em relação a outros destinos. “Apesar de o turismo movimentar cerca de 8% do PIB brasileiro, com crescimento elevado em quase todos os segmentos nos últimos anos, a atração de estrangeiros é pequena quando comparada a outros países, como o México, que recebe 40 milhões de viajantes”, afirmou o sócio-diretor do BCG São Paulo, Leandro Paez.

Exigência de vistos

O trabalho das empresas para captar mais estrangeiros enfrenta desafios com o retorno da exigência de visto a passaportes estadunidenses, australianos e canadenses a partir de 10 de janeiro de 2024. Desde o início do ano, a Federação vem alertando o Ministério do Turismo, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Frente Parlamentar do Turismo no Congresso Nacional a respeito dos impactos negativos dessa imposição.

“Trabalhamos para tirar essa exigência, porque a Entidade é a favor da redução da burocracia. O visto custa cerca de US$ 80, tornando o Brasil menos interessante, já que outros países da região têm isenção para norte-americanos. Mesmo que o turista venha para cá, esse valor deixa de movimentar a economia para pagar esse documento”, explicou Dietze.

Parcelamento sem juros

O posicionamento contrário à possibilidade do fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito, tópico que faz parte do rol de atuações da FecomercioSP, também foi um dos temas do evento. A decisão, se acatada pelo Banco Central (Bacen), afetará consumidor e empresas do turismo.

“Estamos conversando com o Bacen para impedir a interrupção desse meio de pagamento, porque ficaria inviável a muitos brasileiros fechar pacotes de viagens sem a opção de parcelar”, disse Dietze, enfatizando que empresas aéreas e agências de turismo teriam quedas drásticas nos faturamentos se isso ocorresse. 

Assista a edição de dezembro do Café Sem Filtro na íntegra a seguir.

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