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Economia

Vantagens, descontos e facilidades de pagamentos podem atrair consumidor

Segundo o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), as famílias iniciaram em agosto um ajuste de satisfação em relação às condições de consumo

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Vantagens, descontos e facilidades de pagamentos podem atrair consumidor

Indicador interrompeu a sequência de quatro quedas e atingiu 86,5 pontos
(Arte: TUTU)

As famílias iniciaram em agosto um ajuste de satisfação em relação às condições de consumo, e os empresários devem aproveitar esse momento para oferecer vantagens, descontos e facilidades de pagamentos para atrair esse consumidor.

Apesar dessa melhora registrada após a dissipação dos reflexos da greve dos caminhoneiros – que gerou uma crise de desabastecimento em diversos setores e impactou no humor das famílias –, não há grandes expectativas de aumento nas vendas para as próximas datas comemorativas de 2018.

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A recomendação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é para equilibrar o estoque, pois as famílias continuarão cautelosas com os gastos nos próximos meses. Mesmo os níveis baixos de juros e inflação registrados no momento não são suficientes para elevar a disposição de consumo. Outras questões, como o alto desemprego, também impactam nesse cenário.

Por outro lado, a incerteza política comum em época eleitoral afeta a economia, pois esse quadro limita a capacidade dos empresários de enxergar a longo prazo e compromete os investimentos. A geração de emprego voltará a ocorrer quando a confiança dos empresários estiver mais estabilizada.

Consumo das famílias
Em agosto, a leve melhora na satisfação em relação às condições de consumo foi detectada no Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que interrompeu a sequência de quatro quedas e registrou aumento de 0,3% na comparação com julho, ao atingir 86,5 pontos. A expectativa é de que o índice volte para o patamar próximo a 90 pontos, registrado antes da paralisação dos caminhoneiros. O ICF é apurado mensalmente pela Entidade e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação, e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

O item que mais contribuiu para o desempenho positivo foi Momento para duráveis, que cresceu 5,7% e atingiu os 59,3 pontos em agosto. Apesar da elevação, o indicador aponta que a maioria dos entrevistados (67%) não considera este um bom momento para compras de produtos como TV, geladeira, fogão etc.

A segunda maior variação foi do item Nível de consumo atual que subiu 2% na comparação com julho e chegou aos atuais 60,2 pontos. Mesmo com o aumento, o indicador ainda está em patamar elevado de insatisfação, e 54% das famílias paulistanas afirmaram que estão comprando menos em relação ao ano passado.

O item Perspectiva de consumo ficou praticamente estável, com 85,7 pontos, leve alta de 0,4%. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados responderam que sua família e a população em geral tendem a gastar menos nos próximos meses.

Tanto Emprego atual quanto Perspectiva profissional estão na área de satisfação, acima dos 100 pontos. O primeiro ficou tecnicamente estável, passando de 108,4 pontos para 108,8 pontos em agosto, alta de 0,3%. O segundo ficou com 109,5 pontos, apenas 0,1 ponto acima do valor visto no mês anterior.

Dois itens do ICF recuaram em agosto. Renda atual com 94,4 pontos na pesquisa (-3%) e Acesso ao crédito com ligeira variação de -0,3%, atingindo 87,7 pontos.

Faixa de renda
O índice de intenção de consumo das famílias com renda até dez salários mínimos (SM) subiu levemente (0,4%) e atingiu 83,7 pontos. Para o grupo de famílias que ganham acima de 10 SM, o índice ficou em 94,6 pontos, 0,2% acima do valor do mês anterior. Ambos os casos podem ser considerados tecnicamente estáveis, porém, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento mais significativo, de 7,7% e 15% respectivamente.

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