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Negócios

Varejo brasileiro se prepara para Internet das Coisas

Soluções prometem agilizar processos e promover experiências personalizadas para consumidores

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Varejo brasileiro se prepara para Internet das Coisas

Dentro do universo amplo da Internet das Coisas, nova tendência de Tecnologia da Informação, não faltam oportunidades de soluções para o varejo. O conceito é objeto de estudo, pesquisa e desenvolvimento de muitos profissionais e empresas, que viram na ideia um mercado com grande potencial de exploração. A Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês para Internet of Things), é a possibilidade de criar comunicação entre objetos por rádio frequência (RFID), podendo estar conectados à internet, como explica o diretor da Zebra Technologies Brasil, Pedro Goyn. "IoT significa conectar todo os componentes de uma solução sem contato humano".

No Brasil, a expectativa é que US$ 2 bilhões girem em torno da IoT somente neste ano, conforme cálculos da consultoria IDC. Entre as soluções desse mercado estão, por exemplo, os eletrodomésticos chamados inteligentes, que têm acesso à internet e aplicativos personalizados.

No varejo, a tecnologia aparece como ferramenta para otimizar processos e, também, oferecer experiências diferenciadas para os clientes, como cita Goyn."A Internet das Coisas no varejo traz agilidade, automação, redução de custo e melhoria de processos".

Na parte operacional, a Zebra Technologies oferece, por exemplo, soluções para impressoras, como o Link-OS, plataforma que facilita a integração e gestão das máquinas à distância. Na mesma linha, a empresa desenvolve impressoras móveis, que permitem a impressão de etiquetas dos produtos na própria gôndola, além de manter o contato com o backoffice. E, ainda, uma linha de soluções para imprimir e codificar etiquetas RFID, utilizadas no varejo para controlar produtos de valor agregado maior, como explica o sales engineer manager da Zebra, Tharis Nishida. "Se comparar com o código barras convencional, a RFID traz maior agilidade para o estoque e inventário, além de permitir o rastreamento".

Soluções de experiência 

A Internet das Coisas também entra no varejo físico como oportunidade de concorrer com as experiências e personalizações de serviços oferecidas no comércio eletrônico. A Cisco tem trabalho nesse sentido, como explica o gerente de vendas, Eduardo Frade. "A Cisco tem ajudado a trazer elementos do comércio eletrônico para a loja física para que ela tenha essa interação com o cliente e que o estabelecimento possa se aproximar um pouco do relacionamento que o consumidor tem quando compra online", indica. 

O cliente pode, por exemplo, ao entrar em uma loja, receber automaticamente no smartphone conectado ao wi-fi local uma mensagem personalizada de boas vindas do próprio estabelecimento. A loja tem espaço para criar um atendimento diferenciado, enviando dicas, promoções e demais informações que possam ajudar o cliente na escolha dos produtos. 

A Internet das Coisas no varejo ainda oferece outras soluções, como monitorar o tempo de permanência do cliente na loja, as gôndolas visitadas, quantas vezes ele retorna, dentre outros, indica Frade. “Você passa a ter recursos de compra online dentro da loja física. Ter elementos de tecnologia que ajudam a entender como fazer a disposição dos produtos na loja. Tem, por exemplo, o advento das câmeras de reconhecimento facial. O cliente entra na loja, olha na gôndola virtual que seria adaptada com TV e câmera para reconhecer se é homem ou mulher e, eventualmente, o display é trocado, sugerindo produtos baseados no gênero da pessoa”, exemplifica. 

Outra solução da empresa é o suporte remoto de especialistas aos compradores, por meio de um dispositivo de telepresença. O equipamento ajuda o cliente em qualquer local da loja, sem que um funcionário precise se deslocar, atendendo à necessidade do consumidor no momento exato. A tecnologia, além de agilizar o atendimento, promove uma experiência atraente ao comprador.

A Internet das Coisas facilita ainda a prova, por exemplo, de roupas. A Cisco criou um espelho virtual onde o consumidor experimenta os itens sem precisar tirar e colocar as peças no corpo, utilizando apenas recursos eletrônicos. A interatividade criada torna a compra mais divertida e prática. 

Internet das Coisas no Brasil

No Brasil, o potencial desse tipo de tecnologia chamou a atenção dos varejistas que, de acordo com Eduardo Frade, estão se preparando para usufruir das soluções. “Os varejistas estão entendendo que a Internet das Coisas é um valor. Por enquanto, o empresário está buscando ter alguns fatos concretos para se convencer do investimento que precisa ser feito. Ele estuda quais são os ganhos que terá no curto e médio prazos, tentando buscar um modelo financeiro que justifique a aplicação”, indica o gerente de vendas da Cisco.

De acordo com ele, é difícil estipular em números o real retorno dessa tecnologia no negócio e, por isso, a presença das soluções ainda não está evidente no mercado brasileiro. Ainda assim, Frade ressalta que os varejistas estão se preparando, a começar pela infraestrutura técnica necessária de rede wireless para, posteriormente, aplicar as soluções no negócio. 

“O varejo está muito atento a isso e sabe que é um caminho sem volta. Essa visão de integração do negócio é fundamental em um momento em que o e-commerce no Brasil tem crescido na casa dos 30%”, analisa. 

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