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Editorial

Varejo na região de Osasco registra queda de 12,6% no faturamento, o pior desempenho do Estado em janeiro

Segundo a FecomercioSP, vendas no comércio varejista alcançaram R$ 4 bilhões, redução de R$ 580 milhões em relação ao mesmo mês de 2015

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São Paulo, 26 de abril de 2016 – Em janeiro, o varejo na região de Osasco registrou queda de 12,6% na comparação com o mesmo mês de 2015, o pior resultado do Estado de São Paulo, ao atingir o faturamento real de R$ 4 bilhões, R$ 580 milhões a menos do que no ano passado. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre os nove setores pesquisados, seis registraram queda em janeiro no comparativo com o mesmo período do ano anterior. O segmento de outras atividades (-24,6% e impacto de -9 pontos porcentuais (p.p.) no resultado geral), composto principalmente por venda de combustíveis para veículos, foi o que mais colaborou para o resultado negativo na região. As atividades de lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-15,6% e -2,3 p.p.) e concessionárias de veículos (-39,8% e colaboração de -1,6 p.p.) também apresentaram retração. 

Por outro lado, os segmentos de farmácias e perfumarias (39,3% e contribuição de 0,9 p.p. no resultado geral), supermercados (0,8% e impacto de 0,3 p.p.) e lojas de móveis e decoração (6,5% e colaboração de 0,1 p.p.) foram os únicos que obtiveram crescimento no mês. 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o desempenho do comércio varejista da região de Osasco acompanha a tendência do resto do Estado, não em magnitude das variações setoriais, mas pelo fato de apresentar queda no resultado geral e alta nos setores ligado à comercialização de bens básicos, que seguem colaborando para o resultado não ser ainda pior. E essa deverá ser a inclinação para os próximos meses. 

tabela_pccv_osasco_abril_2016

Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo manteve no início de 2016 o fraco desempenho registrado no ano anterior e, em janeiro, alcançoufaturamento real de R$ 44,1 bilhões, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2015, quando faturou R$ 46,3 bilhões. Esse é o menor movimento de vendas do varejo paulista para o mês desde 2010. 

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas as do Litoral paulista (8,3%) e de Marília (1,3%) apresentaramcrescimento em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais recuaram nas vendas do varejo, sendo Osasco (-12,6%) a que teve o pior desempenho estadual.

Das nove atividadesexaminadas, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com sete pontos porcentuais para o declíniodo varejo na totalidade do Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (8,1%) e supermercados (6,1%) foram os únicos que mostraramresultados positivos no período e colaboraram 2,4 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e declínionos indicadores de emprego e renda, acompanhada pela elevação do endividamento e da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas para tirar o País de uma das crises mais graves de sua história. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, diante das incertezas, tudo indica que o varejo, ao menos no primeiro semestre do ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança dos consumidores e empresários em geral. Com isso, as estimativas apontam para uma queda média acumulada ao redor de 6% nesses primeiros seis meses de 2016. A Entidade pondera ainda que o mais preocupante na crise política atual é a demora em se avançar em medidas que retomariam o crescimento das atividades, pois quanto maior for o prazo para resolução dos impasses atuais, maiores serão as dificuldades para a realização dos ajustes necessários para a solução dos graves problemas econômicos internos. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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