Editorial
18/07/2016Varejo na região de São José do Rio Preto elimina 211 postos de trabalho em abril, aponta FecomercioSP
Mesmo com queda de 1,5% no estoque total de empregos, na comparação com o mesmo mês de 2015, região registrou o segundo melhor desempenho do Estado
São Paulo, 18 de julho de 2016 – Em abril, o comércio varejista na região de São José do Rio Preto fechou 211 postos de trabalho, resultado de 2.505 admissões contra 2.716 desligamentos. Em 12 meses foram eliminados 1.227 empregos com carteira assinada. O varejo encerrou o mês com 79.530 trabalhadores formais, e apesar do recuo de 1,5% em relação a abril de 2015 foi o segundo melhor desempenho do Estado de São Paulo.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo,obtido com basena Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Entre as nove atividades pesquisadas em abril deste ano, sete apresentaram recuo no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015. Os mais expressivos foram observados nos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-7,5%) e de lojas de móveis e decoração (-6,7%). Os dois setores que mostraram variação positiva foram o de supermercados (3,1%) e de farmácias e perfumarias (2,4%).
Desempenho estadual
O comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 10.540 empregos com carteira assinada, em abril, resultado de 70.016 admissões e 80.556 desligamentos. Esse é o pior saldo para o mês desde o início da apuração dos dados pelo Ministério do Trabalho, em 2007. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu 2.072.771 no mês, redução de 3,5% em relação a abril de 2015 e o patamar mais baixo desde abril de 2012.
Desde 2012, o primeiro quadrimestre se caracteriza pela extinção de empregos formais no comércio varejista paulista, porém, o que chama a atenção neste ano é a aceleração deste movimento. Somente nos quatro primeiros meses foram 57.258 vínculos perdidos. No mesmo período do ano passado, 42.259 postos de trabalhos celetistas foram eliminados. Analisando o saldo acumulado em doze meses, de maio a abril, são 75.440 empregos eliminados – pior resultado da série histórica. Em 2015, com a mesma base de comparação, já era notada uma estagnação do mercado de trabalho, com a tímida geração de 651 novos empregos.
Das nove atividades pesquisadas, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias (2,4%) cresceu em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram registrados nos setores de concessionárias de veículos (-9%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,8%) e lojas de móveis e decoração (-7,5%).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o varejo entrou em um círculo vicioso de difícil resolução. A queda do consumo, em decorrência da inflação elevada e da diminuição da renda, gera desemprego por toda a cadeia produtiva e de distribuição. A Federação pondera que a redução da massa salarial fortalece o movimento de queda nas vendas e consequentemente de geração de emprego (ou garantia dos postos de trabalho já existentes).
Com relação aos dados por ocupações, as funções que registraram as maiores perdas foram os vendedores e demonstradores, com a eliminação de 3.820 postos de trabalho em abril. A segunda maior redução ocorreu com os escriturários, com eliminação de 1.138 empregos, seguidos pelos gerentes de áreas de apoio (-640 vagas).
A Entidade explica que no ambiente de incertezas e de baixa confiança dos agentes econômicos que vive o País, a alteração deste quadro de desemprego é improvável. Mesmo que tais variáveis mostrem melhora, a FecomercioSP acredita que fica cada vez mais claro que teremos um ano marcado por fechamento de vagas a níveis bem superiores que o visto ano passado.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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