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Editorial

Vendas do varejo na região de Campinas caem 17,1% e registram segundo pior desempenho do Estado em novembro

Segundo a FecomercioSP, com queda de 62,6%, setor de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos foi o principal responsável pelo resultado negativo na região

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São Paulo, 25 de fevereiro de 2016 – Em novembro, o comércio varejista na região de Campinas registrou o segundo pior desempenho do Estado, com a retração de 17,1% nas vendas em relação ao mesmo mês de 2014, atingindo R$ 3,9 bilhões. No acumulado do ano, a queda foi de 16,8%, o que representou uma redução de R$ 8,5 bilhões na comparação com o mesmo período de 2014. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Das nove atividades analisadas na pesquisa, sete apresentaram retração. O setor de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos foi o principal responsável pelo desempenho negativo em novembro, registrando queda de 62,6% e contribuição negativa de 5,9 pontos porcentuais para o resultado geral. O segmento de concessionárias de veículos (-31,6% e impacto de-5,6 p.p.) também influenciou negativamente o varejo na região. 

No sentido oposto, os setores de supermercados (0,2%) e de lojas de móveis e decoração (68,1%) foram os únicos que avançaram, porém, não o suficiente para alavancar o comércio na região de Campinas e contribuíram com apenas 0,1 p.p. e 0,7 p.p., respectivamente.  

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, com o segundo pior desempenho estadual no mês de novembro, o comércio varejista na região de Campinas teve a 17ª retração seguida no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. Para 2016, a Entidade projeta mais recuos, porém, menos agudos, em virtude da base fraca de comparação.

tabela_pccv_novembro_2015_campinas 

Desempenho estadual

O faturamento realdo comercio varejista do Estado de São Paulo atingiu R$ 46,8 bilhões em novembro, queda de 10,1% na comparação com o mesmo mês de 2014 e R$ 5,3 bilhões abaixo do valor alcançado em novembro de 2014. Este foi o menor faturamento  para o mês desde 2009. Já no acumulado dos 11 meses de 2015, o varejo paulista obteve retração de 6,5%, o que representa uma redução de R$ 34,2 bilhões nas vendas. 

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas o comércio varejista da região do Litoral paulista mostrou resultado positivo em novembro (1,3%), enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram quedas expressivas em novembro, das quais quatro delas acima de 15%: concessionárias de veículos (-23,7%), materiais de construção (-20,6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,6%) e outras atividades (-15,6%). Somados, os quatro segmentos contribuíram negativamente para a retração geral com 9,8 pontos porcentuais. Por outro lado, os setores de supermercados (3,5% e colaboração no resultado geral de 1 ponto porcentual) e de farmácias e perfumarias (0,7%, sem contribuição significativa) foram os únicos que não recuaram.  

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, além das baixas observadas no mês, o fraco desempenho dos setores de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-11,2%) foi um forte indício de que nem mesmo as vendas promocionais da Black Fridayde 2015 conseguiram impedir a forte redução das vendas do segmento. 

Expectativa

De acordo com a Entidade, o resultado de novembro reafirmou o mau momento que o comércio varejista no Estado de São Paulo vive. Os baixos desempenhos confirmam a tendência de queda para o fechamento do ano, que terá retração de até 6% inferior ao observado em 2014, influenciada pela forte deterioração dos indicadores econômicos, como PIB, emprego, renda, crédito, déficit fiscal, alta da inflação, câmbio e juros.  Para dezembro de 2015, a expectativa é uma baixa de 4% no faturamento real. 

A FecomercioSP aponta que a retomada do crescimento das vendas varejistas é improvável a médio prazo e afirma que em 2016 poderá se consolidar a maior crise já vivida pelo comércio paulista, com retrações expressivas das atividades sem sinais de arrefecimento, dando continuidade a um cenário de desalento e baixas perspectivas. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. 

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