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Editorial

Vendas do varejo na região de Osasco caem 21,2% e registram o pior desempenho do Estado em novembro

Segundo a FecomercioSP, setor de outras atividades, com queda de 35,2%, foi determinante para o resultado negativo na região

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São Paulo, 25 de fevereiro de 2016 – O comércio varejista na região de Osasco registrou o pior desempenho do Estado em novembro, com recuo de 21,2% nas vendas, na comparação com o mesmo mês de 2014, atingindo R$ 4,8 bilhões. No acumulado do ano, a retração foi de 8,3%, o que significa uma perda de R$ 4,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre as atividades analisadas na pesquisa, o segmento de outras atividades foi determinante para o recuo das vendas em novembro, registrando queda de 35,2% e contribuição negativa de 14,4 pontos porcentuais para o resultado geral. O setor de vestuário, tecidos e calçados (- 55,9%, com impacto -4,6 p.p.) também influenciou para o resultado negativo na região. 

Por outro lado, três atividades mostraram crescimento, sendo o mais expressivo observado no segmento de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (8,7% e 1,1 p.p.). Demais avanços foram observados nos setores de supermercados (0,4% e 0,1 p.p.) e de farmácias e perfumarias (1,1%, sem contribuição significativa). 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, além de registrar o pior resultado estadual, o comércio varejista na região de Osasco teve seu pior desempenho para o mês desde 2009. Para a Entidade, a queda do varejo é reflexo direto de um consumidor menos confiante, influenciado principalmente pela retração da renda e pelo aumento do desemprego.

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Desempenho estadual

O faturamento realdo comercio varejista do Estado de São Paulo atingiu R$ 46,8 bilhões em novembro, queda de 10,1% na comparação com o mesmo mês de 2014 e R$ 5,3 bilhões abaixo do valor alcançado em novembro de 2014. Este foi o menor faturamento  para o mês desde 2009. Já no acumulado dos 11 meses de 2015, o varejo paulista obteve retração de 6,5%, o que representa uma redução de R$ 34,2 bilhões nas vendas. 

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas o comércio varejista da região do Litoral paulista mostrou resultado positivo em novembro (1,3%), enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram quedas expressivas em novembro, das quais quatro delas acima de 15%: concessionárias de veículos (-23,7%), materiais de construção (-20,6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,6%) e outras atividades (-15,6%). Somados, os quatro segmentos contribuíram negativamente para a retração geral com 9,8 pontos porcentuais. Por outro lado, os setores de supermercados (3,5% e colaboração no resultado geral de 1 ponto porcentual) e de farmácias e perfumarias (0,7%, sem contribuição significativa) foram os únicos que não recuaram.  

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, além das baixas observadas no mês, o fraco desempenho dos setores de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-11,2%) foi um forte indício de que nem mesmo as vendas promocionais da Black Fridayde 2015 conseguiram impedir a forte redução das vendas do segmento. 

Expectativa

De acordo com a Entidade, o resultado de novembro reafirmou o mau momento que o comércio varejista no Estado de São Paulo vive. Os baixos desempenhos confirmam a tendência de queda para o fechamento do ano, que terá retração de até 6% inferior ao observado em 2014, influenciada pela forte deterioração dos indicadores econômicos, como PIB, emprego, renda, crédito, déficit fiscal, alta da inflação, câmbio e juros.  Para dezembro de 2015, a expectativa é uma baixa de 4% no faturamento real. 

A FecomercioSP aponta que a retomada do crescimento das vendas varejistas é improvável a médio prazo e afirma que em 2016 poderá se consolidar a maior crise já vivida pelo comércio paulista, com retrações expressivas das atividades sem sinais de arrefecimento, dando continuidade a um cenário de desalento e baixas perspectivas. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. 

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