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Economia

Agenda que priorize abertura econômica pode recuperar imagem de polo de investimentos do Brasil, diz Guilherme Casarões

Ao UM BRASIL, professor da FGV analisa os primeiros meses da gestão da política externa do atual governo

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Agenda que priorize abertura econômica pode recuperar imagem de polo de investimentos do Brasil, diz Guilherme Casarões

Para Casarões, perdemos presença comercial no mundo por conta da crise econômica que nos tirou do radar de investimentos
(Foto: Christian Parente)

“O governo do presidente Jair Bolsonaro tem metas relevantes com relação à Reforma da Previdência e ajuste fiscal que não podem ser submetidas a devaneios ideológicos ou a pautas que são laterais; o que precisa agora é priorizar as pautas concretas”, afirma Guilherme Casarões, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) nas áreas de Administração Pública, Ciência Política e Relações Internacionais. 

Casarões conversou com o canal UM BRASIL, plataforma mantida pela FecomercioSP, em parceria com o InfoMoney. Falando a Jaime Spitzcovsky e Marcos Mortari, ele analisou os primeiros meses da gestão da política externa do presidente Jair Bolsonaro, os impactos futuros do acordo comercial recente entre a União Europeia e o Mercosul, além da agenda de política ambiental do Brasil. 

Ele explica que a Reforma da Previdência e outras reformas estruturais são importantes para que o País recupere o seu lugar como um polo de atração de investimentos, inclusive as que dizem respeito à abertura econômica ou que visem ao fortalecimento da atratividade turística, beneficiando vários setores e recuperando uma parte importante da economia brasileira que sempre foi subaproveitada, diz. 

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“Tudo depende, na realidade, de como o Brasil construirá sua imagem externa. A reforma está passando, mas ela demora e ainda demanda muito esforço político. Nos tempos de hoje, praticamente todo mundo tem acesso a todas as informações do que acontece no território nacional em tempo real. Isso demanda uma cautela muito maior do governo, exige muito mais cuidado para não deixar que os excessos que estamos vendo na condução no dia a dia da política doméstica acabem prejudicando a imagem do País lá fora, afastando investidores”, pontua. 

Para Casarões, perdemos presença comercial no mundo inteiro por conta da crise econômica significativa que nos tirou do radar de investimentos em comércio nos últimos anos. “O [ex] presidente [Michel] Temer tentou recuperar um pouco isso nos últimos dois e teve alguns resultados positivos, em matéria, por exemplo, de cooperação comercial, mas não suficiente para colocar o Brasil de novo dentro das expectativas que o mundo tinha a respeito de nós 10 ou 15 anos atrás”. 

Ele também esclarece que o Mercosul se mostrou um elemento importante da recuperação econômica brasileira, inclusive porque a Argentina, integrante do bloco, continua sendo nosso terceiro maior parceiro comercial. “Ainda temos, do ponto de vista industrial, uma relação muito intensa com nosso entorno imediato. Nós vendemos carros para a Argentina, vendemos eletroeletrônicos e bens de alto valor agregado que ainda são um respiro para nossa indústria nacional, que está deprimida dentro desse quadro de recessão que a gente viveu no fim do governo [da ex-presidente] Dilma [Rousseff] até hoje. O Mercosul se impôs”, observa.

 
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